Estátua que segurava livro na Savassi tem as mãos arrancadas

Henriqueta Lisboa
Olhos da homenageada também foram pintados de vermelho (Reprodução/@loboweissmann/Twitter)

A estátua da escritora mineira Henriqueta Lisboa, que fica na Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi vandalizada na noite de quinta-feira (16). As mãos da poetisa seguravam um livro e foram arrancadas, enquanto os olhos da homenageada foram pintados de vermelho.

A Guarda Municipal de Belo Horizonte informou que compareceu ao local ontem, registrou a ocorrência e a encaminhou à Polícia Civil.

“A Guarda Municipal atua no combate a danos ao patrimônio público por meio de patrulhamento preventivo, com rondas periódicas realizadas nas praças, parques, unidades de Saúde, de Educação e as demais instalações da prefeitura”, informa o órgão.

A GM reforça ainda que essas ações de prevenção são otimizadas por meio de monitoramento de imagens captadas pelo Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH), com 3.200 câmeras espalhadas pela cidade. Quando os autores dos crimes são identificados, os agentes fazem o encaminhamento dos envolvidos às Centrais de Flagrantes (Ceflans) da Polícia Civil.

O órgão ressalta que a população também pode ajudar no combate a atos parecidos com o ocorrido nessa quarta-feira, denunciando casos de vandalismo pelo telefone 153 ou pelo 190.

Henriqueta Lisboa

A escritora poetisa Henriqueta Lisboa nasceu em Lambari, no Sul de Minas, em 15 de julho de 1901, filha do deputado federal João de Almeida Lisboa e de Maria Rita Vilhena Lisboa. Ela se formou pelo Colégio Sion, da cidade mineira Campanha, e, em 1924, se mudou para o Rio de Janeiro.

Com “Enternecimento”, publicado em 1929, ela recebeu o Prêmio Olavo Bilac de Poesia da Academia Brasileira de Letras. A escritora aderiu ao Modernismo na década de 1940, fortemente influenciada pela amizade com Mário de Andrade, com quem correspondências entre os anos de 1940 e 1945.

A produção de Henriqueta Lisboa inclui, além da poesia, inúmeras traduções, ensaios e antologias. Ela ainda foi a primeira mulher eleita para a Academia Mineira de Letra,s em 1963.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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