A constante violência na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) está preocupando os alunos e pessoas que frequentam a universidade. O aumento no número dos roubos e furtos no local fez com que a comunidade estudantil empregasse algumas medidas de segurança, entre elas, a criação de um grupo no WhatsApp no qual são comunicados os pontos de risco.
Justamente pela aflição com a insegurança, alunos e entidades que representam os funcionários da universidade prometem realizar um protesto na próxima quarta-feira (11). O objetivo é chamar a atenção das autoridades para os últimos acontecimentos.
Uma das preferências dos bandidos, conforme relato das vítimas, são as mulheres. Frequentemente, os assaltantes aproveitam as imediações do campus UFMG para roubar estudantes que estão chegando ou saindo da universidade. Nesse caso, os objetivos preferidos dos criminosos são bolsas, celulares e carteiras.
A universitária Juliana Helena, que estuda nessa unidade da UFMG, tem receio de andar à noite sozinha pois não há iluminação adequada no campus. Outra queixa da estudante é relacionada aos assaltos nos ônibus que passam na região. “Eu moro no Barreiro, e o 6350 é assaltado praticamente toda semana. Semana passada teve um, no sábado também, e por aí vai. Os criminosos levam as bolsas e fogem pelo Anel Rodoviário”.
Segundo a estudante, o principal problema é a livre entrada de não alunos na UFMG. “Por poder entrar qualquer pessoa, sempre tem pessoas estranhas, que sabemos não se tratar de alunos, esse é o principal problema, na minha opinião”, completa.
Os crimes estão acontecendo também em outras unidades da UFMG. A aluna de Design, Raquel Oliveira, relatou ao Bhaz um arrastão que ocorreu na porta do campus que fica no bairro Funcionários, região centro-sul de Belo Horizonte. “Assaltaram 10 alunos lá na porta por volta de umas 22h. Entraram em contato com a Polícia Militar, mas os criminosos já tinham levado muita coisa”, conta a universitária.
A falta de iluminação e de policiamento nos arredores do campus é uma das principais reclamações de estudantes e moradores dos bairros próximos.
O Bhaz entrou em contato com a UFMG para repercutir o assunto, mas não teve retorno até o momento da publicação desta matéria.