O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), solicitou, na tarde desta quinta (19), a ajuda das forças militares para ajudar a conter o avanço da Covid-19 em BH. Nessa quarta, o prefeito já havia determinado o fechamento de locais com possível aglomeração de pessoas. A medida que ”para BH” entra em vigor nesta sexta (20).
Em ofício destinado ao general Altair José Polsin, comandante da 4º região militar, o prefeito pede o auxílio de 51 profissionais do exército para auxiliar nas demandas do município. A decisão do prefeito foi tomada em alinhamento com o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado.
BH parada
Entra em vigor nesta sexta, o decreto do prefeito que suspende o alvará de funcionamento de locais com grande concentração de pessoas. Kalil disse, em transmissão realizada na tarde desta quinta (19), que tem estudado maneiras de reduzir o impacto econômico na cidade.
“Quero pedir desculpa à população e a esses empresários que estão sendo diretamente impactados. Estamos estudando ao máximo medidas para reduzir esse impacto. Não é uma medida populista, foi uma ação definida a partir de uma reunião com três infectologistas renomados e o secretário de saúde”, informou.
“Isso é muito desgastante, mas esses que estão criticando, estão tão desconectados, que estão achando que é assunto de palanque político. É uma pandemia muito grave e vamos encarar a gravidade, igual tem que ser”, finalizou o prefeito.
Todos os bares, restaurantes e shoppings de BH terão o alvará de funcionamento suspensos temporariamente, para evitar aglomeração de pessoas e o avanço da Covid-19.
Segundo o decreto, a medida vale para:
- casas de shows e espetáculos de qualquer natureza;
- boates, danceterias, salões de dança;
- casas de festas e eventos;
- feiras, exposições, congressos e seminários;
- shoppings centers, centros de comércio e galerias de lojas;
- cinemas e teatros;
- clubes de serviço e de lazer;
- academia, centro de ginástica e estabelecimentos de condicionamento físico;
- clínicas de estética e salões de beleza;
- parques de diversão e parques temáticos;
- bares, restaurantes e lanchonetes.
O decreto permite a continuidade de empresas que trabalhem com entrega de alimentos ou disponibilize a retirada de produtos no local, embalados e para consumo fora do estabelecimento. O funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos congêneres no interior de hotéis, pousadas e similares, também poderão ser mantidos para atendimento exclusivo aos hóspedes.
A decisão não afeta o funcionamento de supermercados, farmácias, laboratórios, clínicas, hospitais e demais serviços de saúde em funcionamento no interior de shoppings centers, centros de comércio e galerias de lojas.