Nesta quinta-feira (24), a Sala Minas Gerais recebe a 8ª edição do Festival Tinta Fresca. O evento tem como objetivo apresentar novos compositores brasileiros de música clássica. Em 2017, foram inscritas no Festival 26 peças inéditas, provenientes de todo o país. A Comissão Julgadora da 8ª edição é formada pelos compositores Cláudio de Freitas, João Guilherme Ripper e Ronaldo Miranda.
A Comissão ficou responsável por selecionar cinco obras finalistas: Maria Stella, de Henrique Gomes Coe; Pandora – Fantasia orquestral sobre o mito de Hesíodo, de Caio Menezes Facó; Impressões Francesas, de Renato Henrique Goulart Pimenta; Quando o Sol se Detém para Ouvir as Canções de Guerra, de Felipe Mendes de Vasconcelos; e Menniniana, de Marcelo José Bellini Dino. Os jovens selecionados são de Belo Horizonte, Niterói, Montes Claros, Fortaleza e São Paulo.
No evento, jurados e músicos da Filarmônica de Minas Gerais irão eleger uma obra vencedora. Como prêmio, o autor receberá a encomenda de uma nova composição a ser interpretada na Temporada 2018 da Filarmônica. Esta recompensa vale como estímulo à continuidade de seu trabalho. O concerto desta quinta é gratuito e acontece a partir das 20h30 sob regência do maestro Marcos Arakaki
Como funciona o Festival
As partituras inscritas na seleção são analisadas pela Comissão Julgadora, que é uma banca formada por profissionais de renome no cenário nacional. ´São eles quem selecionam as composições que serão interpretadas pela Filarmônica em concerto aberto ao público.
Durante a semana de ensaios, os compositores acompanham de perto o desenvolvimento de suas peças e podem conversar sobre elas diretamente com músicos, maestro e comissão. Depois desse processo é selecionado o vencedor.
Os ingressos para participar do concerto são gratuitos, mas devem ser retirados na Bilheteria da Sala Minas Gerais. A retirada de ingressos é limitada a duas unidades por CPF.
Renovação de compositores
Em entrevista ao Bhaz o maestro e regente associado da Filarmônica de Minas Gerais, Marcos Arakaki, disse que as composições deste ano estão em um nível muito elevado. Ele afirma ainda que foram utilizadas muitas técnicas ao escrever e que os jovens finalistas são muito promissores.
Quando questionado sobre a importância do Festival, Arakaki afirma que é importante fomentar a produção de novas obras e que o evento é um estímulo para que sempre tenham interessados, já que a premiação é o autor receber a encomenda de uma nova composição a ser interpretada no ano que vem.
De acordo com Arakaki, o segredo para que as obras tenham sucesso é escrever músicas de qualidade. Além disso, ele afirma que é preciso sempre inovar no mercado de música clássica e que as obras atuais têm futuro. Afinal, todos aqueles sucessos que conhecemos atualmente como Bach ou Beethoven já foram tocados em concertos uma primeira vez.
Ou seja, é importante lembrar dos sucessos mais antigos, mas é necessário dar espaço também para novas composições, como acontece no Festival Tinta Fresca. A ideia é mesclar obras antigas com as mais novas durante as apresentações.
Serviço
8ª edição do Festival Tinta Fresca
Quando? 24 de agosto, 20h30
Onde? Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090 – Barro Preto, Belo Horizonte
Ingressos? Grátis. Podem ser retirados na bilheteria do local
