Com forte discurso político e homenagem ao Grupo Corpo, o bloco Unidos do Samba do Queixinho completou seu décimo desfile no Carnaval de BH neste domingo (3), na avenida Bandeirantes, no Mangabeiras. Além de gritos de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e por “Lula livre”, o bloco também protagonizou uma linda cena de inclusão.
Em determinado momento do cortejo, a bateria inteira do bloco se abaixou para que a adolescente Gabriela Lemos, de 14 anos, desfilasse no meio da avenida. Ela tem dificuldades de locomoção. A cena emocionou os foliões.
A adolescente conta que, desde 2014, ela se apaixonou pelo cortejo. “Temos uma ligação muito forte, eu gosto muito do Queixinho, é um bloco que combina muito comigo”, ressalta.
Ela relata ainda que, em 2015, ela foi convidada para ser rainha da bateria do bloco e aceitou. “Eu já me acostumei a acompanhar o Queixinho, todos os anos eu venho. Mas, mesmo assim, é uma sensação muito emocionante”, afirma.
A mãe da garota, Daniela Carvalho Lemos, de 47 anos, conta que a filha tem dificuldades de locomoção por conta de uma toxoplasmose congênita que ela sofreu durante a gravidez. “Ela anda com a ajuda de muletas e passou por uma cirurgia recentemente para que ela possa andar sem ajuda de aparelhos. Por enquanto, ela usa a cadeira de rodas para ajudar. Mas, acreditamos que, em breve, ela andará normalmente”, conta.
Contra Bolsonaro
Assim como a maioria dos blocos de BH, o Queixinho também adotou o cunho político durante o cortejo. Os organizadores o grupo fizeram discurso contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, e também pela liberdade do ex-presidente Lula. Em uma parte do cortejo, o bloco puxou o coro com xingamentos contra o presidente.
Fotos do Bloco
Confira imagens do bloco.
Rafael D’Oliveira/BHAZ
Rafael D’Oliveira/BHAZ 
Rafael D’Oliveira/BHAZ 
Rafael D’Oliveira/BHAZ
