A construção do Complexo Penal de Ribeirão das Neves, inaugurado em 2014, primeiro feito em parceria público-privada no país, já teve sua primeira auditoria com suposto desvio de verbas. Foram cerca de R$ 42,5 milhões pagos indevidamente pelo Governo do Estado de Minas Gerais, concluiu a Controladoria Geral do Estado (CGE).
O contrato da parceria público-privada foi assinado em 2009, pelo então governador Aécio Neves (PSDB) com os Gestores Prisionais Associados (GPA). E, entre 2013 e 2014, durante os governos de Antonio Anastasia (PSDB) e Alberto Pinto Coelho (PP), pedidos de alteração do projeto e melhorias foram realizados em discordância com a Advocacia Geral do Estado (AGE). Os pedidos foram solicitados ao governo com alteração de verbas no orçamento já previsto.
As irregularidades nas alterações de melhorias e cobranças foi analisada pela CGE, que comprovou duplicidade de pagamentos e inequação de valores. Os fatos foram negados pela GPA e pelo PSDB, e afirmaram que as alterações foram aprovadas pela Advocacia Geral do Estado e pelo Departamento Estadual de Obras Públicas (Deop). Porém, de acordo com o relatório da auditoria, nenhuma modificação foi sujeita a avaliação da AGE.
As investigações foram enviadas ao Ministério Público.
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