Motoristas de ônibus em BH entram em greve nesta segunda-feira

CPI da BHTrans
Ideia inicial é de que seja uma paralisação total (Reprodução)

A greve de ônibus em BH convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTR-BH) começou nesta segunda-feira (16). A paralisação teve início à meia-noite e permanecerá por tempo indeterminado.

Parte dos veículos, ainda circulava no início da manhã de hoje, mas a categoria afirma que a ideia é de que seja uma paralisação total, sem cumprimento de escala mínima. O sindicato reivindica reajuste de salário para os profissionais do setor.

Antes do anúncio da greve, o Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte) havia oferecido aos trabalhadores da capital mineira um reajuste salarial de 7,19% – valor abaixo do que foi acordado com os trabalhadores da região metropolitana.

“O sistema de transporte coletivo por ônibus será paralisado no intuito de chamar a atenção da sociedade, do poder concedente e das demais autoridades quanto a intransigência dos empresários que, entre outras coisas, querem submeter aos trabalhadores de BH um salário inferior ao que é praticado nas cidades da região metropolitana”, diz o STTR-BH, em nota.

No entanto, em nota, o Setra-BH disse que o sindicato dos trabalhadores deixou de participar de uma audiência, por teleconferência, conduzida pelo Ministério Público do Trabalho no início da noite desse domingo (15).

No texto, o sindicato patronal afirma que formulou, nessa audiência, proposta para reajuste “em simetria ao concedido no sistema metropolitano (reajuste de 8,2%), a ser pago a partir do salário de março de 2023, juntamente com a totalidade devida de forma retroativa à data-base da categoria”.

Nova tentativa de mediação foi agendada para a manhã desta segunda-feira (16).

Prefeitura se manifesta sobre paralisação

Em contato com o BHAZ, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) informou ter assegurado às empresas de ônibus que o índice de 8,2% de reajuste, solicitado pelos rodoviários, será considerado no equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

A administração municipal reforça que “o atual contrato de concessão estabelece que compete exclusivamente às empresas de ônibus negociar com os seus trabalhadores”.

“O Poder Público municipal seguirá acompanhando a situação e não medirá esforços para evitar que a população seja prejudicada com a interrupção do serviço de transporte público”, acrescenta a prefeitura, em nota.

Edição: Pedro Rocha Franco
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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