Professores da rede particular de ensino e donos de escolas terão nesta sexta-feira (27) nova rodada de negociações com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG), a partir das 14h30, para tentar chegar a uma acordo salarial. A categoria está em greve desde a última segunda-feira (23) para garantir também direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que estão ameaçados. Além disso, nova assembleia dos professores está marcada para segunda-feira (30), a partir das 17h, na Assembleia Legislativa de Minas (ALMG) para avaliar os desdobramentos das negociações.
Na tarde de ontem, a reunião entre o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) e a Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe-MG) se estendeu por quatro horas sem chegar a nenhum consenso. Em nota, o Sinpro admite que houve avanço nas negociações na manutenção de alguns itens da convenção coletiva, mas a possibilidade de perdas ainda preocupam a categoria. A proposta de reajuste subiu de 1% para 1,56%. No entanto, a categoria alega que as mensalidades tiveram alta que variaram de 8% a 14%.
Durante a assembleia da categoria na ALMG, o Sinpro conta que teve uma adesão de peso do corpo docente da Pontifícia Universidade Católica (PUC) das unidades do Coração Eucarístico e Betim. Segundo a assessoria de comunicação do sindicato, o balanço consolidado da adesão à paralisação somente será divulgado na tarde de hoje.
Convenção coletiva mantida
O Sinepe-MG informou ontem que manteve os principais pontos da convenção coletiva de trabalho que teria motivado a greve como bolsas de estudos os filhos dos professores, adicional por tempo de serviço, adicional extraclasse, tempo de intervalo entre aulas e reajuste do INPC, que ainda deve ser aprovada pela Assembleia dos diretores.
Segundo o sindicato patronal, a paralisação atinge menos de 1% do total de escolas de Belo Horizonte sendo que estão paralisadas nesta sexta-feira (27) os seguintes estabelecimentos: Colégio Loyola, Sagrado Coração de Maria, Casa Viva, Escola da Serra, Balão Vermelho, Padre Eustáquio, Pés no Chão e Colégio São Paulo.
Aula pública como protesto
Também à tarde, os professores da rede pública municipal de ensino infantil têm marcado um protesto em forma de aula a porta da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. De acordo com o diretor do Sind-Rede, Wanderson Rocha, 80% dos professores da educação infantil estão com suas atividades paralisadas. Rocha diz ainda que das 131 Municipal de Educação Infantil (Umeis), 73 unidades estão paralisadas, sendo que 91 parcialmente, cinco funcionando e o restante sem informação.
Pela manhã, dirigentes do Sind-Rede visitaram várias Umeis para tentar ampliar a adesão ao movimento. Rocha diz que está marcada para o próximo dia 9, a paralisação das atividades também na rede pública de ensino fundamental da capital.