Depois de 16 dias de paralisação, professores do Instituto de Arte e Projeto (Inap) retornaram às salas de aula nesta quarta-feira (29), após acordo firmado com a direção da instituição no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG).
Em greve desde 13 de agosto, os professores reivindicavam o pagamento imediato dos salários atrasados, do 13º, das férias e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Ao Bhaz, Valéria Morato, presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), afirmou que a negociação teve mais de oito horas de duração e que a direção do Inap parcelará os vencimentos atrasados e se comprometeu a quitar os próximos até o quinto dia útil de cada mês.
“Dentro de uma tentativa de retomar as atividades, para não prejudicar os alunos, os professores, mais uma vez, abriram mão daquilo que desejavam”, disse. No acordo, também foi prometida estabilidade aos professores até julho de 2019.
Antes da negociação, em carta, a Assembleia Geral Extraordinária dos Professores do Inap afirmou que os profissionais não entraram anteriormente em greve para não prejudicar os alunos. “Avaliamos que chegamos ao limite: tolerar essa situação por mais tempo é ferir de morte nossa dignidade, é desconstruir nossa profissão”, destacaram.
Apesar do acordo firmado entre as partes, Valéria disse que a greve poderá ser deflagrada novamente, caso o pagamento não seja quitado até o quinto dia útil. “Quando atrasarem, cai o acordo feito na Justiça”, ponderou.
Ainda sobre o não pagamento dos salários, a presidente do Sinpro-MG afirmou que havia professores que não estavam recebendo nenhum valor. “Alguns recebem determinado percentual, outros não recebem nada. O mês de agosto, por exemplo, ainda não foi quitado”, disse.
Inap se posiciona
Ao Bhaz, o Inap informou que a greve não teve a adesão de todos os professores da instituição e que o “desfecho foi favorável aos dois lados”.
