Após embate com Kalil, guardas municipais podem voltar às ruas nesta terça

IMAGEM ILUSTRATIVA (Henrique Coelho/BHAZ)

Após reunião na manhã desta segunda-feira (16), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) abriu caminho para que a Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte volte às ruas nesta terça (17). Os agentes estão proibidos de sair do quartel desde a última quinta (12), por determinação de Kalil, após protestarem por um aumento acima do que foi oferecido pela prefeitura.

Segundo o presidente do Sindibel, Israel Arimar, que representa os guardas na negociação com a prefeitura, Kalil deu duas opções para que o serviço dos agentes seja normalizado na capital. Ele falou sobre a situação em conversa com o BHAZ.

“O prefeito manteve o índice de reajuste e disse que outras pautas específicas como abonos e antecipação de férias, deverão ser discutidas em fevereiro. Desta forma, a guarda voltaria para a rua amanhã. Caso o acordo não seja acatado pelos guardas, haverá um endurecimento por parte da prefeitura, retornando a guarda ao papel patrimonial e não o de polícia”, disse.

Agora, haverá uma reunião às 16h desta segunda, na sede da guarda para definir se os agentes aceitam ou não a proposta do prefeito. Caso o alinhamento seja positivo, a assembleia que seria realizada nesta terça será cancelada e os guardas voltarão às ruas amanhã.

O secretário municipal de Segurança e Prevenção da PBH, Genilson Zeferino, garantiu que a guarda voltará às ruas nesta terça. “A partir de amanhã, a guarda reinicia suas atividades normalmente retomadas, ocupando os espaços a ela devido”, diz.

O secretário garantiu ainda, que o conflito entre a administração municipal e os agentes serviu para amadurecimento. “Essa manifestação foi traduzida como algo que apresenta mudanças no próprio comportamento da guarda, saímos todos muito mais maduros deste processo. Não acredito em fissura ou mau estar até pela maturidade da guarda e o compromisso que ela tem com a cidade”, garantiu.

Embate

Na última quinta, o belo-horizontino foi surpreendido com o comunicado do prefeito de que os guardas municipais seriam proibidos de sair do quartel, em plena efervescência do comércio causada pelas festas de fim de ano – o que atrai as atenções da criminalidade.

A medida de Kalil (PSD) foi uma reação ao movimento de agentes para melhorar as condições de trabalho. A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) propôs 7,2% de aumento para a categoria, sendo 3,7% dado no início de 2020 e outros 3,3% no fim do ano que vem. Os guardas municipais pedem um aumento de 20%.

Após protestos com marcha de guarda municipais pelo Centro e ameaças de greve, Kalil resolveu suspender os trabalhos da guarda. Na sexta (13), o prefeito afastou e instaurou um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra 11 guardas municipais por participação nos protestos. O afastamento vai durar 30 dias e foi publicado no DOM (Diário Oficial do Município).

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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