Homem queimado vivo desvenda crime ao revelar nome de algozes pouco antes de morrer

Divulgação/Polícia Civil

Uma cena digna de filme foi fundamental para a Polícia Civil de Minas desvendar um crime cruel realizado na região Oeste de Belo Horizonte. Um homem de 26 anos morreu no dia 9 de fevereiro deste ano ao ser queimado vivo no bairro Jardim América. No entanto, antes de falecer, ele conseguiu apontar quatro envolvidos no assassinato.

Conforme a delegada que coordenou as investigações, Ingrid Estevam, o jovem chegou a ser socorrido por moradores da região, incluindo a própria mãe, depois que ouviram os seus gritos. Ao todo, oito pessoas teriam participado da ação, sendo cinco adolescentes.

No dia do homicídio, policiais civis ainda conseguiram apreender dois dos autores que ainda não haviam completado 18 anos. Já o principal responsável, de 22 anos, foi detido no dia 28 de abril no bairro Gutierrez, na região Oeste da capital mineira, com um um veículo roubado e uma arma. Ele já tinha um mandado de prisão por outro homicídio, cometido em 24 de maio de 2014, também no bairro Jardim América, contra outro homem de 26 anos.

O delegado Luiz Flávio Cortat reforçou “a importância da conclusão dos dois inquéritos policiais instaurados, tendo em vista a repercussão dos fatos em face da crueldade demonstrada, sobretudo no homicídio deste ano, no qual a vítima, ainda em chamas, conseguiu pronunciar o nome de seus algozes. Assim, temos plena certeza de que a privação da liberdade é medida extremamente necessária”.

Crime brutal

O assustador crime teria sido motivado por uma discussão  banal. No dia dos fatos, a vítima teria iniciado uma discussão com o primo do principal autor. Cerca de duas horas depois da confusão, o rapaz de 22 anos procurou a vítima para tirar satisfação, quando iniciaram uma nova discussão. O suspeito chegou a atirar uma pedra no peito da vítima. Diante dos fatos, a mãe do homem carbonizado ordenou que o filho entrasse em casa.

Pouco tempo depois, a vítima saiu novamente para consumir drogas. Próximo a sua casa estava o autor junto a um grupo, composto por cinco adolescentes e dois adultos. Ele teria dado R$ 10 para que um dos comparsas fosse a um posto de gasolina comprar cinco reais em combustível. O jovem recebeu como pagamento o troco daquele dinheiro e um pino de cocaína.

Em determinado momento, os autores chamaram o jovem para um beco com o pretexto de fazerem uso de drogas juntos. No local, o autor e os comparsas passaram a agredir a vítima com socos, chutes e pauladas. Em seguida, um dos adolescentes derramou a gasolina sobre o corpo da vítima e o jovem suspeito de homicídio em 2014 ateou fogo. Em chamas, a vítima gritou por ajuda, sendo socorrida por moradores e pela própria mãe. Toda a ação teria sido planejada.

Com Polícia Civil de Minas Gerais

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