Identificada belo-horizontina vítima do rompimento da barragem em Brumadinho; restam três joias

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O corpo de Cristiane Antunes Campos, de 35 anos, foi identificada por meio de exame de DNA (Amanda Dias/BHAZ + Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil identificou mais uma vítima do rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho, nesta terça-feira (20). O corpo de Cristiane Antunes Campos, 35, foi identificado por meio de exame de DNA.

“Tão logo houve a identificação, imediatamente, a família de Cristiane foi informada pela equipe de Assistência Social da PCMG”, disse a corporação, em nota.

Cristiane Antunes Campos tinha 35 anos, sendo 10 dedicados à Vale. Ela entrou na mineradora como motorista de caminhão. Dentro da empresa fez um curso técnico em mineração. Em 2018, passou a ser supervisora de mina – conquista que desejava muito, conforme a família externou.

Pelo Twitter, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), parabenizou o trabalho da polícia. “Mais uma joia da tragédia em Brumadinho foi identificada pela. No total, 267 pessoas foram identificadas e não sossegaremos até encontrarmos todos os desaparecidos, diminuindo um pouco a dor dos familiares”, escreveu ele.

(Reprodução/Twitter)

Três joias seguem desaparecidas

Desde o rompimento, ou seja, há três anos e 11 meses, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais trabalha na região para localização das vítimas, enquanto a Polícia Civil atua na identificação. Neste ano, a Polícia Civil identificou três vítimas da tragédia. Em dezembro de 2022, o CBMMG contabilizou mais de 1.400 dias de operação em Brumadinho.

Agora, restam três vítimas a serem localizadas e identificadas. A última joia – apelido respeitoso dos bombeiros aos mortos – havia sido identificada em junho deste ano.

Trata-se do belo-horizontino Olímpio Gomes Pinto, à época com 56 anos, que foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros em abril. De acordo com a corporação, Olímpio era funcionário terceirizado da Vale e prestava serviços de auxiliar de sondagem.

Além dos bombeiros, os familiares das vítimas passaram a chamar os desaparecidos de “joias” em ironia a uma declaração do então presidente da Vale, Fábio Schvartsman. Na época do rompimento, ele disse que “a Vale é joia brasileira que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu numa de suas barragens”.

Além de 272 vidas perdidas, o rompimento da barragem da Vale gerou uma série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o estado de Minas Gerais.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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