Irmãs ‘ostentação’ são presas após aplicar golpes em Belo Horizonte; prejuízo chega a R$ 2,7 milhões

Divulgação/Polícia Civil

Uma operação realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais, no início desta semana, colocou fim a uma das principais organizações criminosas responsáveis por cometer fraudes contra seguradoras e instituições financeiras no Estado. A polícia estima que em um período de um ano o grupo tenha provocado um prejuízo aproximado de R$ 2,7 milhões.

Após oito meses de investigações, foram presas três irmãs e um homem. Durante a operação, realizada na segunda-feira (24), foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa dos investigados, localizadas nos bairros Buritis e Caiçara, em Belo Horizonte, sendo arrecadados milhares de documentos, entre certidões de óbito, certidões de casamento e nascimento, em branco e falsificadas ideologicamente, carteiras de trabalho em branco, espelhos de carteiras de identidade, centenas de cartões bancários em nome de diversas pessoas, bem como equipamentos destinados à produção de documentos falsificados.

Conforme explicou o delegado que preside o inquérito, Hugo Arruda, a organização criminosa preparava os próprios documentos que seriam utilizados posteriormente para praticar as fraudes. “A ousadia deles era tão grande que eles falsificaram até mesmo carimbos da Polícia Civil e da Polícia Militar para utilizarem nos golpes”, destacou.

Divulgação/Polícia Civil
Divulgação/Polícia Civil

Ainda segundo o delegado, as fraudes normalmente consistiam em falsificar ocorrências policiais de crimes de trânsito e dar entrada nas seguradoras, para receberem o seguro DPVAT. “Os suspeitos pegavam uma ocorrência de trânsito verdadeira e modificavam os nomes das partes, utilizando para tanto carteiras de identidade, certidão de óbito, de casamento, todas falsificadas. Com os documentos fraudados eles passaram a abrir contas bancárias com esses nomes para embolsarem o dinheiro dos seguros”, explicou Arruda.

Em alguns casos os suspeitos chegavam até mesmo usar de violência, como em uma ocorrência de setembro, quando uma mulher cooptada pela quadrilha para receber dinheiro de um seguro em seu nome foi sequestrada e torturada por se recusar a repassar os valores ao grupo.

Com o dinheiro adquirido ilicitamente, a quadrilha levava vida de ostentação, morando em imóveis de luxo, andando em carros importados, utilizando relógios, joias e roupas de grifes importadas. A polícia calcula que a quadrilha aplicava os golpes há mais um ano. Dos presos, apenas duas das irmãs possuíam registros policiais, pelo crime de estelionato.

Divulgação/Polícia Civil
Divulgação/Polícia Civil

Durante as diligências, foram apreendidos, ainda, quatro veículos de luxo, um Hyundai/Sonata, um Mini Cooper, um Honda/HRV e um Fiat/Bravo, além de dinheiro, joias e objetos de alto valor adquiridos com os crimes.

Os presos irão responder aos crimes de estelionato em concurso material, falsidade ideológica, falsificação de documento público, uso de documento falso, formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e extorsão mediante sequestro.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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