Kalil garante início da vacinação em BH 24 horas após entrega de doses

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Prefeito explicou quais são os planos A e B da PBH para imunização (Tânia Rêgo/Agência Brasil + Amanda Dias/BHAZ)

Belo Horizonte está preparada para começar a vacinação em massa contra a Covid-19 assim que o imunizante for entregue pelo Ministério da Saúde. De acordo com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), 24 horas depois que for entregue, a vacina começará a ser aplicada na população. O anúncio foi feito em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira (12), quando Kalil ainda reforçou que, apesar de pretender seguir o plano de vacinação federal, já garantiu o suficiente para imunizar ao menos os profissionais da saúde caso o plano nacional não seja aprovado.

“Eu só preciso da vacina, eu não preciso de mais nada. Entregando a vacina em Belo Horizonte, 24 horas depois Belo Horizonte começa a vacinar”, disse. Kalil ainda contou uma novidade animadora que recebeu do secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, ontem (11). “Teve notícia ontem de que o lote da vacina para Belo Horizonte é de 2,7 milhões de doses, o que é praticamente a população de BH”, disse. O prefeito também voltou a reforçar que a cidade tem todos os insumos preparados e estocados para vacinar os moradores “na maior velocidade possível”.

O início da vacinação, no entanto, depende da liberação do Ministério da Saúde e Kalil garantiu que pretende aderir ao Plano Nacional de Vacinação. Ele lembrou o almoço que teve com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) para comprar doses da CoronaVac, mas disse que essa não é a prioridade da capital. “[O acordo] era se caso acontecesse o desastre de o governo federal não aceitar uma vacina fabricada no Brasil numa quantidade de um milhão de doses por dia, segundo o próprio Instituto Butantã divulgou”, disse.

Ou seja, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) só vai partir para a imunização com as doses negociadas com o governo de São Paulo caso o governo federal não ofereça um projeto nacional – e, nesse caso, as vacinas serão para um grupo específico. “Eu teria [fora do plano nacional] uma dose de vacina pro pessoal de saúde, que está esgotado, que está doente, que está adoecendo. Esse era o meu plano, mas eu disse inclusive em entrevistas que esse era o meu plano B. O meu plano A era o Plano Nacional de Vacinação”, afirmou.

‘Quem fecha a cidade é o vírus’

Enquanto a vacina não chega, a medida tomada pela PBH para frear o avanço da Covid-19 foi um novo fechamento do comércio, que passou a valer ontem (11) e desagradou muitos moradores. O prefeito, no entanto, rebateu as reclamações. “Quem fecha a cidade não é o prefeito de Belo Horizonte, quem fecha a cidade é o vírus. Quem fecha a cidade são os irresponsáveis que se aglomeram, que fazem festas clandestinas, que vão para as praias e voltam contaminados”, disse.

O prefeito também citou as manifestações que aconteceram na tarde de ontem, na porta da PBH e afirmou que as reivindicações não vão mudar a postura da prefeitura. “Eles não têm que protestar na porta da prefeitura. Têm que protestar na porta dos negacionistas, dos irresponsáveis. Pode até existir, mas não se conhece outra solução para baixar esses números [taxas de ocupação de leitos e nível de transmissão] até que essa vacina tartaruga chegue a nós do que o isolamento social, o uso de máscara, ficar em casa. Então, que eu saiba, nós não temos outra saída”, pontuou.

Por fim, Kalil também garantiu que a fiscalização continuará firme neste segundo fechamento e as infrações não serão toleradas. “A Polícia Militar junto com a Guarda Municipal, a fiscalização da prefeitura e a Vigilância Sanitária estão em guerra contra o vírus, então eu acho que não é uma boa tática, porque aqui desobediência civil não vai colar”, disse. Por outro lado, o prefeito afirmou ainda que um monitoramento realizado pela PBH revelou quase 90% de apoio às medidas da administração municipal: “A própria população está muito assustada com tudo que está acontecendo”.

Edição: Vitor Fernandes
Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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