Kalil pede união de deputados e recursos para a saúde: ‘Chega de Minas não ser protagonista no país’

Amira Hissa/PBH

O prefeito Alexandre Kalil (PHS) pediu união dos deputados federais de Minas Gerais para a saúde de Belo Horizonte nesta segunda-feira (8). Em um café da manhã na Prefeitura (PBH), o chefe do Executivo da capital destacou a dívida do Estado com o município, que chega a R$ 650 milhões, e disse que chegou o momento de os parlamentares deixarem de ser “achincalhados” – zombados.

“Somos o segundo maior Estado e a terceira maior bancada, eu vim pedir para eles, humildemente, que chega de Minas não ser protagonista no país. Os deputados precisam para de ser achincalhados por falta de mesa. Eles têm que sentar e ser protagonista na ajuda para BH que atende de 65% a 68% de pessoas que não são da cidade”, afirmou ao contar que foi proposta uma “mesa de união”.

Durante o encontro, Kalil destacou que “as cidades do interior não merecem receber ambulâncias”, mas que o dinheiro seja utilizado para investimentos em hospitais e unidades de saúde onde os atendimentos são realizados. “Não podemos deixar o dinheiro sair de braço cruzado. Isso não faz parte do temperamento do prefeito, dos deputados e nem dos mineiros”.

Encontro aconteceu no salão nobre da PBH (Vitor Fórneas/BHAZ)

Desde que assumiu o governo de Minas, a gestão de Romeu Zema (Novo deve R$ 50 milhões a BH no que se refere à saúde. A dívida total chega a R$ 650 milhões, quando somada ao valor total dos débitos do governo de Fernando Pimentel (PT).

Por conta da situação financeira de Minas, Kalil cogita ir à Brasília lutar por recursos. “O Estado está falido gente, Brasília não está. Por questões de bom senso mínimo e inteligência mediana temos que buscar recursos onde tem pra buscar que é o Governo Federal”.

Com relação aos valores que podem vir oriundos da bancada mineira, Kalil disse que só a emenda impositiva para Minas Gerais é de R$ 260 milhões. “Claro que não quero uma bancada só de BH, mas na parte da saúde que é impositiva, uma boa parte tem que vir para quem atende quase 70% da população de Minas Gerais”.

A proposta de união e diálogo foi acetia pelo líder de bancada, o deputado Diego Andrade (PSD). A conversa com o prefeito, conforme o parlamentar disse, “sensibilizou a bancada” e emendas serão propostas. “A palavra chave é união com todas as lideranças, principalmente para a área da saúde que está um caos”.

Ausências

Dos 53 deputados federais de Minas, 31 faltaram, mas para Kalil não é momento de fazer pré-julgamentos. “Vamos atrás deles pois nós precismaos começar uma caminhada de união e ela começou com 22 [parlamentares]. Não é hora de condenar quem não veio e sim trazer quem não estava presente”.

Do total de parlamentares, três não foram convidados pelo prefeito por conta de “coisa pessoal”, conforme classificou Kalil. No entanto, o prefeito evitou dizer quais são eles.

Vinte e dois deputados compareceram ao café da manhã (Vitor Fórneas/BHAZ)
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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