Kalil diz que manifestação dos professores da PBH foi ‘movimento político’

Amira Hissa/PBH

O prefeito Alexandre Kalil (PHS) considerou a manifestação dos professores da educação infantil liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH) um “movimento político” e lamentou a interdição da avenida Afonso Pena, no Centro da capital, no começo da tarde desta segunda-feira (23).

Os professores que estão em greve pedem a equiparação da carreira com os profissionais do ensino fundamental, principalmente na questão salarial. “O sindicato promoveu o fechamento de uma das principais avenidas da capital. É de se lamentar o que aconteceu na porta da PBH”, disse o prefeito.

Sobre o pedido de aumento de salário, Kalil foi enfático: “Eles sabem que não temos condição financeira para dobrar o salário e ficam propagando informações mentirosas”, disse Kalil, fazendo alusão ao fato de que não estaria disposto a cumprir uma de suas promessas de campanha, conforme o sindicato alega. O prefeito disse ainda que está disposto a receber os representantes de sindicatos para conversarem. “É no gabinete que essas questões são resolvidas e todos são bem-vindos. É só marcar uma agenda”, afirmou.

A interdição da avenida Afonso Pena foi um dos pontos que mais contrariou Kalil. “Não podemos permitir a baderna se instalar por meia dúzia de pelegos que há anos estão interessados em candidaturas próprias. Saber que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência [Samu] está parado é inaceitável. O SindRede-BH deve explicar qual a intenção de fechar, as ruas a não ser pelas eleições do fim do ano”, destacou.

A secretária de Educação, Ângela Dalben, afirmou que o momento é do SindRede-BH conseguir a aprovação do Projeto de Lei 442, que estabelece aumento salarial para profissionais da educação infantil que possuírem curso superior completo, entre outros pontos. Atualmente 70% dos profissionais possuem o terceiro grau.

Sindicato rebate

O diretor do SindRede-BH, Wanderson Racha, lamentou o posicionamento de Kalil e afirmou que não teve negociação entre sindicato e Executivo. “A fala do prefeito mostra sua falta de habilidade política, pois ele se mostrou conivente com a força utilizada pela Polícia Militar, destacou.

Sobre o PL 442, Wanderson afirmou que “ele é complexo e que não mexe com a carreira na educação infantil”. A greve está mantida e uma nova assembleia acontecerá no começo de maio. A rede infantil da capital conta com aproximadamente 70 mil alunos matriculados e cerca de 60 mil estão sendo afetados com a greve.

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