Luciano Farah volta a ser preso cinco dias após ser solto

16/10/2024 às 18h23
(Reprodução/TV Globo)

O empresário Luciano Farah Nascimento, condenado por matar o promotor de Justiça Francisco Lins do Rêgo em 2002, foi preso novamente cinco dias depois de ter sido solto. Ele se entregou em uma delegacia de polícia em Contagem, região Metropolitana de Belo Horizonte, e foi encaminhado ao sistema prisional.

Farah foi solto na última sexta-feira, dia 11 de outubro. Ele havia sido detido em 27 de setembro em razão da condenação por um outro homicídio, cometido dez dias antes do assassinato do promotor de justiça. O mandado de prisão foi emitido no último dia 13 pelo Tribunal do Júri de Contagem.

Ainda na sexta-feira, o  Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Procuradoria de Justiça com Atuação nos Tribunais Superiores (PJTS), entrou com recurso para suspender a soltura do empresário.

A Terceira Vice-Presidência do TJMG, responsável pela análise do pedido, atendeu ao pedido por entender que “havia verossimilhança nas alegações do MPMG”,. Com isso, o Tribunal do Júri autorizou a imediata execução de condenação imposta pelo corpo de jurados.

Luciano Farah é preso

Luciano Farah Nascimento foi preso no dia 27 de setembro em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com a Polícia Militar, o empresário foi preso preventivamente acusado de envolvimento na morte de um outro homem, também em 2022. O mandado de prisão foi emitido no último dia 13 pelo Tribunal do Júri de Contagem.

Com a mesma arma utilizada no assassinato de Francisco Lins, Farah matou com 16 tiros um suspeito de roubar R$ 390 de um posto de gasolina de propriedade do empresário em Contagem.

Agentes da Agência de Inteligência do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), juntamente com a Diretoria de Inteligência, realizaram diligências para localizar o suspeito, que foi abordado em um veículo de luxo no km 20 da MG-030.

Morte de promotor

O promotor de Justiça Francisco José Lins do Rego Santos, de 43 anos, ia para o trabalho no MPMG quando foi assassinado no cruzamento de uma das avenidas mais movimentadas de Belo Horizonte. O crime ocorreu em janeiro de 2002.

A Justiça concluiu que Santos foi executado por estar investigando a responsabilidade de um grupo criminoso que comandava uma rede de distribuição de combustível adulterado.

Ele foi atingido por mais de dez tiros disparados à queima-roupa pelo ex-soldado Edson de Souza Nogueira de Paula, da garupa de uma motocicleta, a mando de Luciano Farah, coautor do crime, então dono de uma rede de distribuição de combustível adulterado, que dirigia a moto que emparelhou com o carro de Francisco Lins. Ambos foram condenados pelo crime.

Em 2001, ano anterior à sua morte, Francisco Lins obteve êxito em medidas judiciais que decretaram a prisão de oito pessoas envolvidas com o esquema que desviava a arrecadação de ICMS do Estado e que determinaram o fechamento de 22 postos de gasolina.

Isabella Guasti

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023. Vencedora do prêmio CDL/BH de jornalismo 2024.

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Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023. Vencedora do prêmio CDL/BH de jornalismo 2024.

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