Máfia Azul protesta na porta da Toca II contra novo visual do ‘Raposão’: ‘Tudo tem um limite’

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Integrantes da torcida organizada Máfia Azul se reuniram na porta da Toca da Raposa II para protestar contra a nova versão do ‘Raposão’ (Reprodução/Redes sociais)

Integrantes da torcida organizada Máfia Azul se reuniram na porta da Toca da Raposa II, na Pampulha, para protestar contra a nova versão do “Raposão”, apresentada pelo clube nesta quinta-feira (23). “Ronaldo gordão, devolve o Raposão”, entoaram os cruzeirenses.

Nas redes sociais, a organizada emitiu uma nota de repúdio contra as mudanças no mascote, que tinham o objetivo de torná-lo “mais realista“. Para os torcedores, as alterações ferem a “história gigante do Cruzeiro”.

“Entendemos que quando chega uma nova gestão, ainda mais da maneira conturbada que aconteceu no Cruzeiro, romper com o “passado” é uma medida comum. Porém, tudo tem um limite. O Cruzeiro tem uma história gigante e precisa ser valorizada e respeitada”, diz um trecho do comunicado (leia na íntegra abaixo).

Para os cruzeirenses, o novo visual do Raposão reforça que a diretoria não está alinhada com as vontades do torcedor. “É inadmissível as mudanças feitas no mascote, e só corroboram aquilo que estamos vendo faz tempo: a falta de sinergia com o torcedor, que agora é mero cliente”, pontua.

‘Visual mais realista’

Em homenagem aos 20 anos da primeira aparição do mascote Raposão, o Cruzeiro anunciou uma repaginação visual significativa no personagem cruzeirense e na versão menor, o Raposinho. Nas redes sociais, a “nova cara” dos mascotes celestes dividiu opiniões dos torcedores, entre elogios e críticas.

“Com a mudança, o Cruzeiro os deixa com um visual mais próximo a raposas e abre a possibilidade para ampliar ativações junto ao torcedor e as diversas marcas”, afirmou o clube no anúncio oficial. Outra novidade é que as fantasias dos mascotes agora têm articulação na mandíbula, o que permite movimentos da boca e deixa tudo mais realista.

A nova versão dos animais é de autoria do artista mineiro Camaleão. De acordo com o Cruzeiro, “o novo Raposão foi inspirado em uma raposa-vermelha, de pelagem dourada-alaranjada, e o Raposinho, em uma raposa-anã, com pelos mais escuros”.

Nota da Máfia Azul na íntegra

Entendemos que quando chega uma nova gestão, ainda mais da maneira conturbada que aconteceu no Cruzeiro, romper com o “passado” é uma medida comum. Porém, tudo tem um limite. O Cruzeiro tem uma história gigante e precisa ser valorizada e respeitada.

O Raposão é o maior mascote do Brasil, e sempre se fez presente pelo carisma, força e seriedade, tudo ao mesmo tempo. É inadmissível as mudanças feitas no mascote, e só corroboram aquilo que estamos vendo faz tempo: a falta de sinergia com o torcedor, que agora é mero cliente, e principalmente a falta de conhecimento de muitos que hoje estão no Clube sobre o Cruzeiro e principalmente a própria torcida.

“Agora fica claro que são raposas de raças diferentes”. Isso simplifica tudo que estamos falando. NÃO CONHECEM O CRUZEIRO E SUA HISTÓRIA.

Não somos contra as mudanças, entendemos que em muitos casos são necessárias. Mas, tudo tem limite.

Qual será o próximo passo, mudar o escudo, igual fizeram no Valladolid?

Nosso passado merece ser respeitado! Queremos de volta O VERDADEIRO E TRADICIONAL RAPOSÃO.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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