A Polícia Civil indiciou por feminicídio, nessa quinta-feira (16), o homem apontado como responsável por matar a própria esposa durante uma festa de família, em uma pousada na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Iara França, delegada responsável pelo caso, acredita que o crime foi premeditado. O assassinato foi no feriado de 1º de maio.
A chefe da investigação explica que o comportamento do indiciado antes da morte evidencia os sinais de premeditação. Testemunhas contaram que Arthur Henrique Franco Ribeiro de Paula, de 38 anos, repentinamente, ficou mais afável com a companheira Fernanda Dantas Garrido Ribeiro, de 40 anos.
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“Eles estavam dormindo em quartos separados. Estavam separados. Então, ele teve a ideia de fazer uma confraternização familiar e passou a tratá-la de forma muito carinhosa. Até a família dele estranhou ao vê-lo abraçando a Fernanda. A família sabia que ele frio com ela”, detalhou a delegada Iara França.
Momentos depois, durante o evento, testemunhas contaram que o homem foi até o quarto da mãe dele, pegou um facão e golpeou Fernanda no pescoço.
“Ele procurou o objeto do crime, sabia que deveria fugir para a fazenda da família no norte de Minas Gerais, sabia qual veículo iria usar”, comenta a delegada. “Ele já estava premeditando os fatos, ele queria se livrar dela de qualquer jeito”, completa.
“Depois, ele ainda ficou olhando aquela cena, vendo Fernanda cair com a cabeça praticamente decepada sobre a mesa e ainda desfere mais golpes contra ela”, detalha a delegada.
A chefe da investigação informou que não ficou comprovado surto por parte do indiciado, uma vez que ele havia consumido apenas duas taças de vinho e teria ingerido corretamente os remédios de uso contínuo utilizados por ele.
“Sobre a possibilidade de surto, não tem laudo médico. A família que falou que ele se tornou muito depressivo e precisava de medicação. Depois de preso, ele ficou em silêncio o tempo todo e não alega que teve surto”, afirma.
Arthur Henrique Franco Ribeiro De Paula foi preso no dia seguinte em uma rodovia na cidade de Curvelo, na região Central de Minas Gerais. A reportagem tenta contato com a defesa do investigado.
