Mijão é flagrado em porta de prédio no Centro de BH e bate-boca com porteiro

Urinar em via pública é crime (Celso Lamounier/BHAZ)

Um flagrante de falta de educação – e crime! – foi realizado por uma equipe do BHAZ na tarde deste sábado (2). Um homem urinou na entrada de um edifício no Centro de Belo Horizonte e, não satisfeito, ainda discutiu com o porteiro do prédio. A ação, ainda comum no Carnaval, pode render até um ano de prisão.

A cena foi captada por volta das 16h30 de hoje, nas cercanias do Bloco do Faraó, que reuniu milhares de foliões – a expectativa era de 75 mil pessoas. O homem, então, resolveu ignorar a multidão e começou a urinar ao lado do edifício Vicente de Araújo, na rua Rio de Janeiro.

Ao ter a atenção chamada pelo porteiro do edifício, o rapaz xingou o profissional e ainda debochou do mesmo. “Então tá, chama a polícia”.

Ao BHAZ, o porteiro disse não ter autorização para falar sobre o caso, mas destacou que tentou procurar um policial militar para informar o ocorrido, mas não obteve sucesso.

Após a divulgação do vídeo, o folião flagrado fazendo xixi entrou em contato com a equipe do BHAZ e assumiu que cometeu um erro. Ele pediu para não ter o nome divulgado e alegou que não encontrou banheiros químicos próximos ao local. Ainda ressaltou que apenas reagiu ao ser xingado pelo porteiro. “Na matéria parece que eu cometi o erro e ainda fiz uma agressão gratuita com ele, mas só reagi ao ser xingado. Eu sou uma pessoa hiper do bem, trabalho e faço ação social”, disse.

A equipe do BHAZ identificou a existência de dezenas de banheiros químicos a cerca de dois quarteirões do local onde o flagrante foi registrado.

Ato obsceno é crime

Urinar em via púbica é crime e está previsto no artigo 233 do Código Penal. Procurado pela reportagem, o major Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar (PM), disse que as penas para o crime de ato obsceno são: de três meses a um ano de prisão ou multa. “Além do ato ser uma infração penal, é uma grande falta de respeito”, afirmou.

Apesar do funcionário não ter encontrado algum militar, Santiago informa que um inquérito pode ser aberto pela Polícia Civil caso o vídeo seja encaminhado à corporação. “A condução pela PM só pode ocorrer se o militar presenciar o ato, porém um inquérito pode ser aberto. Para que isso ocorra é preciso procurar a Polícia Civil”.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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