Moradora de BH monta ‘árvore de Natal’ com nomes de cães que passeiam pela rua

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Árvore fica na rua Calcedônia, no Prado (Rose Bernardo/Arquivo Pessoal)

Uma mulher de 68 anos montou uma “árvore de Natal” no bairro Prado, região Oeste de Belo Horizonte, com o nome de cachorros que passeiam pela rua. Rose Bernardo é enfermeira, dona de um Doberman e uma vira-lata, e relata ao BHAZ que conhece a maioria dos cachorros de sua rua. A árvore temática conta até agora com cerca de 50 nomes, além de votos de paz, empatia, amor, saúde e tolerância.

Rose conta que a ideia partiu de uma reclamação dos latidos do Zion, o Doberman. Ela resolveu ressignificar a situação desagradável e devolver “ódio” com “amor”. “A gente não tem que dar retorno de ódio com ódio, tem que ter uma atitude positiva em cima das coisas, tem que dar visibilidade ao bem, aos cachorros, ao que eles significam nesse momento de pandemia”, diz, lembrando que os animais de estimação ajudaram muitas pessoas durante o distanciamento social.

“Eu acho que ter um animal doméstico é uma opção de amor e cuidado. Nesse momento de pandemia que morre tanta gente, para muitas pessoas esse cachorro virou uma terapia, uma fonte de afeto que não devemos desconsiderar nesse momento que cada dia é um novo normal”, completa.

A “árvore de Natal” da rua (Rose Bernardo/Arquivo Pessoal)

Os próprios cãezinhos da enfermeira vieram em um momento difícil da vida dela. “Em 2015, minha casa foi arrombada de dia, levaram muita coisa minha, aí a polícia me orientou a colocar cachorro porque eu moro sozinha. Eu adotei um Doberman e uma vira-lata, ambos resgatados, e eles são meu melhor circuito de câmera e alarme”, brinca.

Visibilidade aos bichinhos

A árvore já conta com cerca de 50 nomes. “Todo cachorro que passa na rua eu pergunto o nome e falo que eu estou fazendo uma árvore de Natal temática”, relata. Ela conta que é respondida de bom grado, já que os donos gostam da visibilidade aos bichinhos.

A maior parte dos nomes são de cachorros do Prado. “A maioria eu conheço a história deles, onde moram, como chegaram onde chegaram, todos são cachorros que foram resgatadas ou adotadas – não foram comprados”, conta. Ela acredita que é importante dar visibilidade à quantidade de cachorros que se tem na região.

Nome de alguns dos cachorrinhos (Rose Bernardo/Arquivo Pessoal)

“Tem o Fred Mercury, e o nome do cachorro traduz muito algum laço com o dono; tem Elza, tem uma que mora no prédio que dá de fundo da minha casa, a Tereza…”, conta com carinho. Conforme relata, houve alguns amigos que pediram para ela incluir o nome de seus cãezinhos na árvore temática. Há também votos de paz, amor, saúde, empatia e tolerância.

“Eu achei que isso é uma forma que a gente não dá o retorno com ódio”, argumenta a moradora do Prado.

O Doberman é um ‘cão de guarda’ e animal de grande porte
(Rose Bernardo/Arquivo Pessoal)
Foster e Zion, cachorrinhos da Rose (Rose Bernardo/Arquivo Pessoal)
Edição: Roberth Costa

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