Atualização às 15:29 do dia 29/11/2021 : Esta matéria foi atualizada para acrescentar o posicionamento da Uber, enviado após a publicação.
Uma motorista de aplicativo de 44 anos foi agredida enquanto trabalhava no bairro Concórdia, na região Nordeste de Belo Horizonte, na noite desse domingo (28). As agressões foram motivadas pelo fato da profissional não ter aceitado realizar corrida com quatro passageiros. Um homem de 35 anos foi preso.
De acordo com a Polícia Militar, a vítima contou ter sido chamada para uma corrida no bairro Concórdia. Após chegar no endereço, a motorista alegou que somente poderia realizar a corrida com três passageiros. Isso acontece devido à pandemia de Covid-19 e a impossibilidade de alguém sentar no banco dianteiro para manter o distanciamento, determinação da empresa.
Os passageiros não ficaram satisfeitos com a recusa e, conforme registrado na ocorrência, uma mulher de 42 foi até a motorista e a feriu com um golpe de cabo de vassoura no rosto. A vítima teve um corte na região da testa.
O drama da motorista prosseguiu, pois um homem, que estava em um bar, foi até ela e continuou com as agressões. A vítima foi agarrada pelo pescoço e recebeu socos no rosto, local em que já tinha ferimentos.
Um amigo da vítima chegou na rua Jundiaí e ajudou a conhecida a se livrar das agressões.
Registro
Um vídeo mostra o momento em que a vítima é agredida. Nas imagens ela está com o amigo que tentava evitar a continuidade da violência. “Tira ela daqui agora”, diz um homem de camisa azul.
O áudio da filmagem não permite entender o que é falado na sequência, apenas é possível ver o mesmo homem puxando o cabelo da motorista e batendo na cabeça dela. “Para de bater”, disse uma pessoa que não aparece na gravação.
O amigo da motorista pediu para que o homem parasse com as agressões pois eles já estavam indo embora. “Mete o pé”, falou o que agrediu a mulher.
A Polícia Civil informou que “foi constatada a existência de dois mandados de prisão em aberto” contra o homem. “A PCMG deu cumprimento aos mandados expedidos pelo Poder Judiciário do estado do Rio de Janeiro e, em seguida, encaminhou o suspeito ao sistema prisional”, esclareceu em nota enviada ao BHAZ.
Versão diferente
A mulher apontada como a responsável pelas agressões apresentou uma versão diferente do relato da motorista de app. Ela disse que a filha estava tendo um atrito com a motorista e que foi agredida com xingamentos e cusparadas.
Sobre os ferimentos da motorista, a mulher alegou que a profissional do volante caiu no chão e se machucou sozinha.
Liberadas
As duas mulheres, segundo a Polícia Civil, foram ouvidas e liberadas após o registro do TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência). “Assinaram termo de compromisso para comparecer em audiência a ser agendada pelo Juizado Especial Criminal de Belo Horizonte”, informou a instituição, em nota (leia na íntegra abaixo).
E posicionamento enviado ao BHAZ, a Uber disso que “considera inaceitável o uso de violência”. “Esperamos que motoristas parceiros e usuários não se envolvam em brigas e discussões e que contatem imediatamente as autoridades policiais sempre que se sentirem ameaçados”.
A empresa disse, ainda, que “permanece à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, na forma da lei” (leia na íntegra abaixo).
Nota da Polícia Civil
“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) lavrou Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) face às mulheres, de 42 e 44 anos. Elas foram ouvidas e assinaram termo de compromisso para comparecer em audiência a ser agendada pelo Juizado Especial Criminal de Belo Horizonte e, em seguida, liberadas. Já em relação ao homem, de 35 anos, foi constatada a existência de dois mandados de prisão em aberto em seu desfavor. A PCMG deu cumprimento aos mandados expedidos pelo Poder Judiciário do estado do Rio de Janeiro e, em seguida, encaminhou o suspeito ao sistema prisional”.
Nota da Uber
“A Uber considera inaceitável o uso de violência. Esperamos que motoristas parceiros e usuários não se envolvam em brigas e discussões e que contatem imediatamente as autoridades policiais sempre que se sentirem ameaçados. Este tipo de comportamento configura uma violação aos termos de uso da plataforma e a conta que solicitou a viagem já foi desativada, enquanto aguardamos pelas apurações. A empresa permanece à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, na forma da lei”.
