Motorista de app faz ‘tabela de preços’ inusitada, diverte passageiros e reverte valor em doações

plaquinha motorista
Na plaquinha, o motorista diz cobrar caso o cliente abra ou feche a janela, e, até mesmo, se ele tiver que ouvir desabafos do passageiro (Arquivo pessoal)

Um motorista de aplicativo de Belo Horizonte tem arrancado gargalhadas dos passageiros depois de afixar uma tabela de preços no mínimo curiosa no banco de trás do carro. Nela, o profissional diz cobrar caso o cliente abra ou feche a janela, caso cante a música que está tocando e, até mesmo, se ele tiver que ouvir o desabafo de quem entrar no veículo.

“Bem vindo ao carro do Marcelo! Aperte o cinto e confira se o pagamento do seu seguro de vida está em dia, você vai precisar”, diz a plaquinha, em tom bem humorado. Em conversa com o BHAZ nesta terça-feira (30), Marcelo Fabian Telles de Souza, de 53 anos, conta que essa foi uma forma que ele encontrou de “quebrar o gelo” com os passageiros.

“A plaquinha tá fazendo tão bem pra mim! A pessoa entra, fica descontraída, a gente começa a bater papo, falar de várias coisas e a viagem fica suave. Já fico animado para o próximo passageiro, e pro outro, e pro outro, e acaba que o dia passa tranquilo”, comemorou ele.

Plaquinha tem feito sucesso com os passageiros (Arquivo pessoal)

Solidariedade

O profissional conta que sempre tratou os passageiros com bom humor e costumava brincar que iria cobrar caso eles lhe pedissem alguma coisa durante a viagem. Foi quando ele teve a ideia de fazer a tabela de preços, que tem feito muito sucesso. Apesar do tom divertido da plaquinha, há aqueles que a levam a sério.

“No primeiro dia que eu coloquei a placa, entrou um casal de pessoas idosas. Tava tocando uma música e o senhor começou a fazer aquelas batidinhas com a perna. Eu escutei e disse pra ele olhar a plaquinha e ele falou pra esposa dele tirar uma foto, que ele ia reclamar de mim pra Uber”, lembra, entre risadas.

Depois da brincadeira, o motorista conta que viu o número de gorjetas disparar. Ele então decidiu usar a verba extra para fazer o bem a quem precisa.

“Todas que recebo vou juntando e monto cestas básicas pra doação. Vejo pessoas na rua, BH tem muita gente, vejo famílias e ajudo com esse dinheiro. Não vejo muitos motoristas fazendo isso, mas tem muita gente precisando”, concluiu.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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