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Mulher encontrada em cisterna será enterrada nesta sexta-feira

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Enterro está marcado para amanhã, às 10h da manhã (Reprodução/Redes sociais)

Magna Laurinda, que teve o corpo encontrado dentro de uma cisterna na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, será enterrada amanhã pela manhã no Cemitério Bosque da Esperança, localizado no bairro Jaqueline, região Norte de BH. Os cinco suspeitos de assassinarem a mulher passam por audiência de custódia na tarde desta quinta-feira (29).

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O corpo da vítima foi encontrado na última terça-feira (27) dentro de uma cisterna que fica nos fundos da casa do pai dela, localizada no bairro Candelária. A Polícia Civil prendeu no mesmo dia Marluce e quatro filhos dela pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.

A suspeita inicial da polícia é de que uma briga pela herança do pai de Magna seria a motivação para o crime. O idoso é aposentado e está acamado há meses. Segundo relatos de vizinhos, o homem vive bastante debilitado e não possui plenas faculdades mentais.

Magna teria descoberto movimentações bancárias suspeitas na conta do pai antes de morrer. Os policiais informaram que cerca de R$ mil foram retirados da conta do idoso. Desses, R$ 9 mil foram usados para apostar no “Jogo do Tigrinho”, plataforma de jogos de azar online.

Crime premeditado

Segundo o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, responsável pela investigação, o crime foi planejado pela madrasta de Magna, Marluce de Jesus, de 54 anos, e a filha Paloma Pereira de Jesus, 25, que se beneficiavam direta e indevidamente de valores financeiros de Walter Olégario Pimentel, de 74 anos, pai da vítima. “O senhor Walter tem demência, e as suspeitas, infelizmente, se aproveitaram desta condição para realizar um empréstimo de R$ 40 mil, gastos em apenas seis meses, além de fazer com que ele assinasse um termo de doação da residência em que mora para
Marluce”, explicou.

Ainda segundo a PCMG, Magda foi morta com facadas no pescoço pelo filho mais velho da madrasta. Já o churrasco, realizado no domingo (25), teria sido planejado para comemorar morte.

O corpo dela foi encontrado dentro de uma cisterna que fica nos fundos da casa do pai dela, localizada no bairro Candelária, A PCMG prendeu na tarde de terça-feira (27) os seis suspeitos de cometerem o crime. Entre eles estão a madrasta de Magna e os quatro filhos da mulher, além de uma namorada de uma das outras suspeitas.

As investigações apontem que, dias antes de morrer, Magna, já ciente da exploração financeira sofrida pelo pai, foi até a residência para conversar com a família. “Durante a conversa entre Magna, Marluce e os filhos, houve discussão entre as partes. Diante da situação, Paola atuou como apaziguadora da briga familiar, o que mais tarde, foi um ponto crucial para o desenrolar do crime”, detalhou Fonseca.

O delegado explica que, cientes de que a vítima sabia das ações de abuso financeiro, decidiram armar uma emboscada. “Como Paola atuou como apaziguadora em briga anterior, ela foi ‘eleita’ para ganhar a confiança de Magna”, pontuou. Na última quinta-feira (22), Paola ligou para Magna, informando que o pai dela estaria doente, mas que não tinha condições de levá-lo ao hospital. Durante a conversa, Magna informou que não iria na quinta, mas que faria uma visita na sexta-feira.

Chegando na casa, a vítima foi atraída para os fundos da casa, onde foi atacada por Gilmar Pereira Calmos, o filho mais velho de Marluce.

Determinada e solidária

Amigos e familiares da vítima buscam justiça para tentar amenizar a dor da trágica morte de Magna Laurinda Ferreira Pimentel, vista como uma mulher determinada e solidária.

Josi Sousa, amiga de Magna, ressalta as memórias da amizade de 15 anos. “Nós nos conhecemos quando trabalhávamos em empresas próximas. Depois disso, passamos a sair juntas e frequentávamos as casas uma da outra”, recorda.

Entre os amigos, Magna, de 42 anos, era carinhosamente conhecida como Maguinha. A ex-vendedora de loja fez carreira no setor, chegando a ser gerente de um comércio. Depois, conseguiu se formar em contabilidade e trabalhava, recentemente, com recursos humanos. “As características mais marcantes da Maguinha eram a determinação e a solidariedade. Se eu estivesse com um problema e ela também, o meu era mais importante para ela”, comenta Josi.

Isabella Guasti

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.
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