Começou no início da tarde desta quarta-feira (11), no Fórum Lafayette, região Centro-Sul de Belo Horizonte, o julgamento da mulher de 43 anos acusada de encomendar a morte do marido. Alessandra Lúcia Pereira Lima teria armado o assassinato do auditor fiscal Iorque Leonardo Barbosa Júnior, em fevereiro do ano passado, por causa de dinheiro. Ela contou com a ajuda de dois irmãos, Flávio de Matos Rodrigues e Otávio de Matos Rodrigues, de 41 e 39 anos, e do policial civil Ernandes Moreira Santos para tirar a vida do homem, que era auditor fiscal da Prefeitura de BH.
De acordo com o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), sete mulheres formam o conselho de sentença. Elas vão definir se a ré é culpada ou não pelo crime, que aconteceu no dia 28 de fevereiro de 2015. Como a defesa e a acusação dispensaram testemunhas, é provável que a sentença seja proferida ainda nesta quarta.
Iorque tinha 42 anos e foi morto com sete tiros em um ponto de ônibus do bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste da Capital. Alessandra, que era amante de Ernandes, teria encomendado a morte dele para ganhar uma pensão mensal de R$ 15 mil, além de ficar com um apartamento avaliado em R$ 405 mil. Os irmãos Flávio e Otávio foram os responsáveis por esconder o carro utilizado no dia do homicídio. Três pessoas ocupavam o veículo no momento do atentado.
A defesa de Alessandra é feita pelo advogado Agnaldo José de Aquino Gomes. O promotor Herman Lott e o defensor Dracon Cavalcante Lima são os responsáveis pela acusação. Já o júri é presidido pelo juiz Glauco Soares. Conforme o TJMG, a ré se recusou a responder as perguntas do juiz e da promotoria.
Os irmãos Flávio e Otávio já foram condenados por envolvimento na morte do auditor. O primeiro pegou 6 anos em regime semiaberto e o segundo 14 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. O policial civil vai a júri em junho.
