O Museu de Arte da Pampulha (MAP), em Belo Horizonte, fechado desde novembro de 2019, passará por uma reforma que terá um investimento de R$ 35 milhões. As obras incluem a restauração e ampliação do local, com a criação da Casa MAP. De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, os projetos devem ser finalizados entre os anos de 2025 e 2028.
A restauração do museu depende da finalização das obras na Casa MAP, que está prevista para ocorrer no final de 2025 e início de 2026. “Esse espaço vai abrigar o acervo do MAP, que é a alma do museu, além de um centro de documentação e pesquisa, com biblioteca e outras áreas voltadas ao estudo”, afirma a Secretária de Cultura, Eliane Parreiras.
Com a Casa MAP concluída, a reforma do museu poderá ser iniciada e deve durar de dois anos e meio a três, com previsão para ser concluída em 2028. “As obras estão estimadas em aproximadamente R$ 35 milhões, o maior investimento de recursos públicos já feitos no Museu de Arte da Pampulha“, explica Parreiras.
As obras prometem “melhorar a experiência” para quem visitar o museu. Segundo Parreiras, após a restauração, o visitante encontrará “um museu mais acessível e com melhores condições museológicas, tanto para exposições quanto para conforto e interação com o espaço”.
“Áreas que antes eram reservadas para uso técnico serão abertas ao público, alinhadas com o conceito contemporâneo de instituições museológicas, que priorizam a integração do público. Queremos que as pessoas conheçam, vivam e entendam o espaço, pois museus são instituições vivas”, destaca ela.
Museu de Arte da Pampulha
Atualmente, o museu tem um acervo com aproximadamente 1.400 obras em reserva técnica e abriga exposições e diversas ações artísticas, educativas e culturais. Possui um auditório com capacidade para 170 pessoas. Fazem parte do MAP os setores de Artes Visuais, Conservação e Restauro, Centro de Documentação e Pesquisa, Biblioteca e Educativo.
Desde 2001, o MAP adota um modelo de curadoria voltado para a produção em Arte Contemporânea, com ênfase nos trabalhos que dialogam com o patrimônio arquitetônico e paisagístico da Pampulha. O local possui uma programação anual de exposições que mostram, além do acervo da instituição, a produção artística contemporânea brasileira.
Os jardins que circundam o prédio também chamam atenção. Criados pelo paisagista Roberto Burle Marx, têm como característica principal a composição de desenhos, formas e cores desenvolvida com o uso de plantas da flora brasileira. Esculturas de August Zamoyski, Alfredo Ceschiatti e José Pedrosa integram a paisagem.