A partir da próxima terça-feira (26), aqueles que deixavam de utilizar o aplicativo Uber por não possuírem cartão de crédito, ou pelo limite do cartão já ter sido esgotado, poderão solicitar o transporte com a opção de realizar o pagamento em dinheiro. Minas Gerais é o quarto estado a aderir a novidade, que é válida para os usuários de Belo Horizonte, Contagem e Betim.
De acordo com Predo Prochno, gerente de comunicação da empresa, levantamos apontaram que 60% dos usuários desistiam do cadastro no aplicativo quando lhes era solicitado o número do cartão de crédito. Assim, visando democratizar o serviço, a opção de pagamento em espécie foi liberada em fase de teste no nordeste brasileiro. Bahia, Pernambuco e Recife foram os primeiros estados a aceitar a nova forma de pagamento. Nessas regiões, foi constatado um aumento de 90% no número de usuários do serviço após a mudança, que aconteceu no dia 11 de julho.
A previsão é que o serviço seja liberado a partir das 14h do dia 26, inicialmente serão selecionados alguns motoristas e usuários para utilizarem o pagamento em espécie. Segundo Prochno, a opção será liberada gradativamente. No menu do aplicativo aparecerá a opção de pagamento em dinheiro, além do cartão. O valor da corrida será pago diretamente ao motorista. No caso do condutor não ter troco, os usuários poderão relatar o fato na avaliação da corrida, e o Uber devolverá o valor referente ou descontará numa próxima solicitação.
No entanto, os motoristas do aplicativo, não receberam positivamente essa notícia. “Participo de quatro grupos de motoristas do Uber e percebo que a insatisfação acerca dessa mudança é geral. Acredito que o número de passageiros aumentará, mas estamos com medo de assaltos”, relata Paloma Oliveira, motorista do Uber, em Belo Horizonte.
Ainda segundo a motorista, essa mudança é obrigatória para todos os condutores. “Estou insegura em rodar pela cidade a noite, trabalhar com dinheiro hoje em dia é complicado”, acrescenta.
A empresa não acredita que a possibilidade de pagamento em dinheiro aumente o risco de assaltos. De acordo com Prochno, o fato do veículo não ser identificado reduz esse risco.