OAB suspende registro de advogada presa por insultos racistas no aeroporto de Confins

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A advogada Luana Otoni de Paula André, suspeita de agredir um homem no Aeroporto de Confins, teve OAB suspensa (Reprodução/Redes sociais)

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspendeu o registro da advogada Luana Otoni de Paula, de 39 anos, presa por agredir fisicamente e insultar, com ofensas de cunho racista, um gerente operacional da Azul no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. Os crimes ocorreram no último domingo (23).

Tanto no site da OAB-MG quanto no Cadastro Nacional de Advogados, o registro de Luana Otoni já aparece com status de suspenso. Isso significa que, enquanto permanece essa situação, a profissional não pode advogar no Brasil.

Nessa terça-feira (25), Luana conseguiu liberdade provisória em audiência de custódia. O juiz considerou que ‘o fato dos autos não se revestia de gravidade objetiva, apesar de reprovável a conduta praticada’ e, assim, não se justifica a prisão preventiva.

Ainda na segunda-feira (24), a advogada, que era presidente da Comissão de Direito da Moda da OAB-MG, perdeu o cargo. A revogação da nomeação foi comunicada pelo presidente da Ordem em MG, Sérgio Leonardo.

Agressão e injúria racial no aeroporto

Câmeras do circuito de segurança do Aeroporto de Confins registraram o momento em que Luana Otoni agrediu o gerente operacional da companhia aérea Azul no domingo (23). A advogada foi presa após agredir e cometer injúrias raciais contra o funcionário, que a impediu de embarcar em um voo quando percebeu que ela apresentava sinais de embriaguez.

Segundo a Polícia Militar, a mulher aparentava estar alcoolizada e teria se exaltado após ser retirada da aeronave pelo gerente. Ela proferiu diversas ofensas, como “macaco”, “preto”, “vagabundo”, “cretino” e “seu bosta” e disse, ainda, a seguinte frase: “Você precisa desse ’empreguinho’ pra mostrar serviço, babaca, você está feliz por ter desembarcado uma patricinha do avião”.

Bastante alterada, a advogada ainda teria ofendido agentes da Polícia Federal, chamando-os de “babacas e playboys”. Apesar das agressões físicas, o gerente dispensou atendimento médico. Ao BHAZ, a Azul informou que a cliente foi orientada a desembarcar por comportamento inadequado.

“No momento do desembarque, a cliente agrediu física e verbalmente um tripulante da Azul. A autoridade de segurança foi chamada para acompanhar o desembarque e, em seguida, os conduziu para delegacia para registrar depoimento e conduzir a apuração do caso”, disse, em nota.

A reportagem tentou contato com a advogada, mas não obteve sucesso. O espaço segue aberto caso ela ou a defesa queiram se pronunciar sobre o caso.

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