Uma operação que investiga a grife mineira Skazi por fraude milionária e lavagem de dinheiro foi deflagrada nesta terça-feira (22) por uma força-tarefa do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), da Receita Estadual e da Polícia Civil. Os agentes cumprem 18 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e em Nova Lima, na região metropolitana.
De acordo com as investigações criminais e fiscais do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), os suspeitos — empresários, diretores e funcionários da empresa — seriam responsáveis por executar um “esquema estruturado e contínuo” de sonegação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na comercialização de roupas e acessórios de luxo, causando prejuízo milionário aos cofres públicos.
Fraudes
De acordo com o MPMG, as fraudes consistiam na venda de mercadorias sem emissão de notas fiscais, além da inserção de valores abaixo dos preços pagos pelos clientes (subfaturamento). Além disso, a investigação aponta que o grupo se organizou de modo fragmentado em pequenas empresas — algumas em nome de “laranjas” —, com o objetivo de enquadramento simulado no Simples Nacional. Assim, eles se beneficiavam da diminuição ilícita dos tributos devidos.
Além de crimes tributários e lavagem de dinheiro, os investigados podem responder por organização criminosa e falsidade ideológica. A Skazi, que tem nome bastante conhecido no mercado, foi adquirida em 2019 por um grupo que administra outras marcas famosas nacionalmente.
A grife participa de importantes eventos de moda pelo país, com a contratação de celebridades e influenciadores digitais para divulgação na mídia e em redes sociais.
O BHAZ procurou a assessoria de imprensa da Skazi por telefone e por email, mas a empresa ainda não se posicionou a respeito da operação. Assim que ela retornar, esta reportagem será atualizada.
Com Agência Minas