Pacientes vindos do interior lotam UPAs da capital

O crescente aumento do número de pacientes da capital, as unidades de saúde estão tendo, progressivamente, que dar conta de outro tipo de atendimento: devido ao fechamento de inúmeras unidades de emergência e da falta de médicos, serviços e infraestrutura em cidades da região metropolitana  e do interior de Minas, cada vez mais a população de fora de BH tem buscado assistência na capital.

A participação desse público, que em 2009 girava em torno de 30% da demanda das UPAs de BH, dobrou ao longo de sete anos e bateu em 60% em 2015. Nos dois primeiros meses deste ano, o índice foi ainda maior: atingiu a marca de 65%, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo a pasta, a lista de cidades que recorrem às UPAs de Belo Horizonte é extensa e abrange principalmente a população da região metropolitana, como por exemplo Santa Luzia, Ribeirão das Neves e Vespasiano.  De acordo com alguns pacientes que saem dessas cidades e viajam até a capital, o tempo para a consulta é demorada mas pelo menos eles são atendidos.

De acordo com o jornal Estado de Minas, Manuela Rosa de Abreu, de 61 anos, de Santa Luzia  é diabética, hipertensa e sofre com desmaios frequentes, aguardava na recepção da UPA Norte, no Bairro Primeiro de Maio, Região Norte de BH.

A paciente diz que  a situação da saúde em sua cidade é precária  e afirma já não procura mais atendimento perto de casa. “Já vim umas quatro vezes para BH. Nem vou mais ao posto de saúde perto da minha casa. E na UPA de lá eles não atendem, nunca tem médico”, conta Manuela, lembrando que até hoje não recebeu o resultado de um exame papanicolau feito em fevereiro. “Na época, a médica pediu uma mamografia, mas a vaga nunca saiu”, disse. Além disso, a população reclama que as viagens até a capital são extensas e caras.

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