Passagem de ônibus de BH vai voltar a custar R$ 4,50

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Ônibus de BH volta a custar R$ 4,50 (Moisés Teodoro/BHAZ)

Reunião entre o prefeito Fuad Noman (PSD) e o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Gabriel Azevedo (sem partido), decidiu pela volta da cobrança de R$ 4,50 pela passagem de ônibus na capital mineira.

Os líderes do Executivo e do Legislativo municipal se reuniram com os secretários de Planejamento, André Reis, e Fazenda, Leonardo Colombini, além do superintendente de Mobilidade, André Dantas, para acertar o orçamento para o retorno da tarifa.

Um aporte de R$ 120 milhões da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte complementará o investimento da prefeitura. Na reunião, também foram reforçados os mecanismos de controle de qualidade e as demandas do transporte suplementar.

Com o acordo, o presidente da Câmara articulará com os vereadores para que o Projeto de Lei 538/2023 seja aprovado ainda em junho. Ainda não há data definida para a redução da passagem. Caso seja aprovado, a passagem de BH deixará de ser a mais cara das capitais do Brasil.

“É importante a gente voltar a passagem para R$ 4,50, criar as condições de complementar essa passagem com esses recursos, nós estamos falando de R$ 512 milhões de recursos que serão destinados a completar o valor da passagem e com isso a gente vai ter uma melhoria do serviço, que é muito importante, os ônibus novos serão comprados, vamos ter mais ônibus circulando, menos gente dentro dos ônibus”, disse Fuad.

Contrapartidas

Fuad e Gabriel vinham se reunindo desde abril para acertar uma possível redução do aumento da passagem, que subiu para R$ 6 em no dia 14 daquele mês. A decisão para o aumento foi tomada após audiência no Tribunal de Justiça de Minas Gerais entre representantes da prefeitura de BH e das empresas que integram os consórcios do transporte público da cidade.

Gabriel Azevedo apresentou ao chefe do executivo um substitutivo ao projeto de lei 538/2023, que concede subsídio de R$ 476 milhões às empresas responsáveis pelo transporte coletivo de BH. O presidente afirmou em coletiva à imprensa que, caso o texto seja aprovado, a tarifa dos ônibus deve voltar a custar R$ 4,50.

Ele ainda frisou uma série de contrapartidas que devem ser mantidas para que as empresas recebam a verba, como viagens pontuais, limpeza e bom funcionamento dos veículos. “Eu defendo subsídio, só que o subsídio não pode ser um cheque assinado para os empresários como uma gratificação”, disse.

O projeto também sugere o crescimento progressivo de, no mínimo, 10% das viagens realizadas e propõe um cronograma para a troca dos ônibus que já excederam a idade máxima de circulação. Além disso, o texto coloca em pauta a tarifa zero para passageiros de vilas e favelas e a adoção do Passe Livre Estudantil Integral para os estudantes da cidade.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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