PBH APP recebe 876 denúncias sobre atuação de ‘flanelinhas’ em BH

(CMBH/Divulgação)


O aplicativo PBH APP, criado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) como um canal de comunicação para o cidadão reclamar sobre problemas da cidade, localizar um equipamento público, emitir guia de IPTU, avaliar serviços públicos prestados, entre vários outros, recebeu 876 denúncias referentes à atuação de ‘flanelinhas’ na cidade.

A partir das denúncias, a Guarda Municipal de BH (GMBH) deu início à Operação Flanelinha, resultando na prisão de 52 pessoas. De janeiro a 20 de julho, foram realizadas cerca de 50 operações, que abordaram 501 pessoas e culminaram no registro de 35 ocorrências encaminhadas à Polícia Civil.

A atuação de flanelinhas, também conhecidos como “tomadores de conta” de carros, pode se configurar em crimes tipificados como extorsão, constrangimento, ameaça ou até estelionato, de acordo com a situação específica de cada caso.

As reclamações dos cidadãos contra os ‘flanelinhas’ foram registradas no aplicativo e encaminhadas à Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção para que fossem tomadas as providências necessárias para combater a prática ilegal.

A PBH garante que o aplicativo disponibiliza um link para que o usuário possa indicar em um mapa o ponto exato onde está ocorrendo a abordagem extorsiva contra motoristas e até enviar uma foto da cena, de maneira sigilosa e segura.

De acordo com o secretário municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Zeferino, trata-se de um problema que vem sendo combatido com empenho e eficiência pela GMBH. “É uma prática que afeta a ordem pública e que vinha trazendo insegurança, principalmente para aqueles que frequentam o cenário de artes, cultura e lazer. Por isso temos dado prioridade ao atendimento das denúncias recebidas via aplicativo e também adotando ações preventivas, como as operações especiais em dias de jogos e de grandes eventos na cidade”, destacou.

Mapeamento

Responsável pela análise das denúncias recebidas por meio do aplicativo na Secretaria de Segurança, Juliana Azevedo explica que os casos registrados têm sido fundamentais para possibilitar o mapeamento dos locais onde os flanelinhas agem e, principalmente, para o planejamento das operações contra esse tipo de prática.

“O cenário traçado a partir das denúncias mostrou-se bastante complexo, exigindo que o problema fosse tratado por diferentes instituições. Hoje, as demandas são classificadas e encaminhadas às várias áreas envolvidas. Os casos mais graves, por exemplo, são repassados para a investigação da Polícia Civil”, explica.

Outro lado

O BHAZ tentou contato com o Sindicato dos Lavadores, Guardadores e Manobristas de Carro de Belo Horizonte (Sintralamac), mas o número telefônico disponível no site oficial da entidade dá como inexistente.

Em julho de 2017, segundo informações da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), 1.100 pessoas estavam cadastradas para exercer suas atividades na capital. Entre as regras do programa, era previsto que o lavador, como prestador de serviço, poderia negociar com o motorista o valor a ser cobrado pela limpeza do veículo.

“Já o serviço de guardador de carros é voluntário, sendo facultativa a contribuição. Como forma de ordenamento do espaço público, os profissionais devem atuar nos logradouros definidos e manter seus materiais organizados. Para conferir o respeito às normas, equipes de acompanhamento percorrem diariamente as vias. Aqueles que desobedecem são advertidos e podem até perder a autorização”, diz texto no site da CMBH.

O PBH APP pode ser acessado via este link.

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