PBH publica regras e proíbe alunos de usar celular até mesmo no recreio

13/02/2025 às 09h18 - Atualizado em 13/02/2025 às 09h20
Projeto visa reduzir dependência de eletrônicos entre crianças e adolescentes (Arquivo/EBC)

A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou, nesta quinta-feira (13), a regulamentação da lei federal que proíbe o uso de celulares dentro das escolas. A portaria focada nos colégios municipais e parceiros da prefeitura já entra em vigor a partir de hoje. O texto prevê a restrição até mesmo para o horário de recreio. Os alunos deverão manter os aparelhos desligados e dentro das mochilas durante todo tempo de permanência no ambiente escolar.

Em caso de atividades pedagógicas que exigem os aparelhos, os estudantes deverão utilizar os os aparelhos disponíveis na escola e sob autorização dos professores. Exceções são permitidas para inclusão, saúde e direitos fundamentais, mediante laudo. 

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A portaria 022/2025, assinada pelo secretário de Educação Bruno Oitaven Barral, aponta que infrações resultarão em orientações disciplinares, registros e comunicação aos responsáveis, A regulamentação também determina ações de prevenção a problemas de saúde mental relacionados ao uso excessivo de telas.

A norma segue o padrão da deliberação do Ministério da Educação sobre o assunto. De acordo com o texto publicado no Diário Oficial do Município, casos não previstos na portaria serão analisados pela Secretaria Municipal de Educação.

Veja quais são as exceções à proibição:

  • Atividades pedagógicas ou didáticas, utilizando equipamentos disponíveis nas unidades escolares e sob orientação dos profissionais de educação;
  • Em situações de perigo, necessidade ou força maior;
  • Para estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida para viabilizar a inclusão escolar, acessibilidade pedagógica e comunicacional, desde que com laudo profissional e avaliação da Diretoria de Educação Inclusiva e Diversidade (DEID).
  • Para estudantes com condições específicas de saúde, mediante laudo médico;
  • Para garantir direitos fundamentais dos estudantes, conforme legislação vigente.

Consequências para casos de descumprimento

  • Orientação disciplinar com ações pedagógicas sobre os riscos do uso excessivo de telas e acesso a conteúdo impróprio;
  • Registro dos fatos para estudantes maiores de 18 anos, com assinatura do próprio aluno;
  • Comunicado por escrito para pais ou responsáveis de estudantes menores de 18 anos;
  • Encaminhamento para a equipe pedagógica;
  • Convocação dos pais ou responsáveis para diálogo e orientações, podendo haver assinatura de termo de compromisso para ajustamento de conduta.

Sofrimento psíquico

A portaria ainda prevê que as instituições de ensino deverão implementar ações de prevenção e identificação de sinais de sofrimento psíquico, bem como efeitos prejudiciais à saúde e aprendizagem, decorrentes do uso excessivo de eletrônicos.

Pablo Nascimento

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