A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) vai participar, nesta segunda-feira (28), de uma reunião com vários outros governos municipais para discutir a formação de um consórcio para compra de vacinas da Covid-19. O encontro é organizado pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos) e está marcado para as 16h, conforme o Executivo municipal confirmou ao BHAZ. Caso adotada, a ação atuaria para complementar o programa de vacinação proposto pelo governo federal.
O encontro vai contar com a participação de prefeitos de outras cidades, como Fortaleza, Aracaju, Curitiba, Manaus, Porto Alegre, Campinas e Salvador, entre outras. Parte deles já havia se reunido com a FNP nesse sábado (27) para preparar o debate sobre a formação do consórcio. Agora, o novo encontro, que deve acontecer em formato virtual, será uma oportunidade para os governos formalizarem a adesão e darem início ao cronograma.
Pensando na urgência e no futuro
O presidente da organização, Jonas Donizette, afirma que a iniciativa foi tomada com a esperança de acelerar a diminuição dos impactos da pandemia no Brasil. “O coronavírus é uma realidade e pode ser que tenhamos que vacinar a população com alguma frequência. Então a constituição desse consórcio não é tardia”, pontua. Donizette garante ainda que a ação está “pensando não só na urgência, mas também no futuro”.
Inicialmente, a expectativa é de que seja formado um grupo de trabalho composto por representantes de cidades que já estão em negociação para comprar as vacinas. O trabalho desse grupo aconteceria em paralelo à formação do consórcio – ambos previstos para acontecer em março.
Sem ‘confusão federativa’
O objetivo do consórcio também é comprar, além de vacinas, equipamentos médicos, medicamentos e insumos. Segundo Gilberto Freire, secretário-executivo da FNP, a ideia não é concorrer com o Ministério da Saúde ou com os governos estaduais – que seguem o Plano Nacional de Imunização proposto pela pasta.
“A gente acredita que essa medida está envolta em uma credibilidade muito grande e facilite negociações que estão dificultadas devido aos movimentos diplomáticos não tão assertivos do governo federal”, avalia. Freire reforça ainda que o objetivo é agregar esforços e, conforme afirmou o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), “falar uma única voz”, sem “confusão federativa”.
Com FNP