Pimentel cogitou virar sócio de aeroporto em SP como pagamento de propina, diz revista

gil leonardi/imprensa mg

O governador Fernando Pimentel (PT) teria cogitado se tornar sócio oculto do Aeroporto Catarina, em São Roque, cidade no interior de São Paulo na região de Sorocaba, como pagamento de propina. A informação foi sustentada pelo operador do administrador estadual de Minas, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, em delação premiada da Operação Acrônimo, segundo reportagem da revista Época.

Conforme a publicação, Pimentel teria ajudado o grupo JHSF a administrar o terminal do interior paulista em 2014. O petista ajudaria em três frentes: financiamento no BNDES (Pimentel, à época, era ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, órgão ao qual o banco é vinculado), autorização da Secretaria de Aviação Civil e que o aeroporto começasse a ser usado pelos Correios.

“Segundo Bené, apenas a autorização saiu”, afirma a reportagem. Como pagamento de propina, Pimentel teria cogitado a entrar como sócio oculto do terminal. Mas os envolvidos acharam menos arriscado “apenas” repassar R$ 5 milhões ao petista. O responsável por fechar a negociação com os representantes da JHSF teria sido o próprio Bené.

“Ao final desse encontro, O colaborador acompanhou ZECO e HUMBERTO até a saída do edifício da residência de FERNANDO PIMENTEL, oportunidade em que o colaborador informou aos empresários a solicitação de 5 (cinco) milhões de reais, o que foi aceito por eles”, afirma trecho da delação publicado por Época. Zeco seria José Auriemo Neto, presidente do grupo até 2014.

Para ler a reportagem completa de Filipe Coutinho e Talita Fernandes, da revista Época, clique aqui.

Confira o posicionamento da equipe dos citados pela reportagem da Época:

“É preciso lembrar que a delação por si só não é elemento de prova e a divulgação de parte de seu suposto conteúdo, ainda na fase do primeiro depoimento, além de ilegal, o que pode invalidá-la, não tem outro sentido senão o de influenciar a opinião pública e promover a antecipação da condenação do investigado”, afirmou o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli.

Já a JHSF viu “com surpresa a notícia de que foi mencionada em delação premiada” de Bené. A empresa afirmou à Época que “não cometeu qualquer ilícito, tendo feito apenas contribuições na forma da lei”.

 

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