A região metropolitana de Belo Horizonte conta com abastecimento de água garantido sem que haja necessidade de racionamento nos próximos 15 anos. Ao menos foi essa a avaliação do governador Fernando Pimentel (PT), que esteve nesta sexta-feira (27) no reservatório Rio Manso, em Brumadinho. A unidade é responsável pelo abastecimento de 18% dos bairros da capital e 28% dos municípios no entorno.
Em outubro de 2014, o reservatório operava com apenas 30% de capacidade. Ao longo do período de estiagem, que durou até meados do ano seguinte, o Governo de Minas precisou executar obras de transposição de água do Rio Paraopeba para a estação de tratamento do Sistema Rio Manso.
O objetivo da operação era garantir a continuidade do abastecimento de água para Belo Horizonte e região metropolitana — investimento orçado em R$ 128,4 milhões. Hoje, o reservatório alcança a marca de 78% da capacidade total.
“Eu fiquei extremamente satisfeito porque nós estamos com um nível de água mais do que suficiente para garantir o abastecimento da região metropolitana, não somente esse ano, estou falando de uma perspectiva de dez, 12, 15 anos”, declarou Pimentel.
Desde a conclusão das obras de transposição, em 2015, a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) vem realizando o abastecimento de parte da região metropolitana de Belo Horizonte via captação de água do Rio Paraopeba. Com a economia gerada no reservatório, Pimentel calcula que o Estado estará livre de racionamento de água até 2032.
“Nós estamos captando água no Rio Paraopeba em quantidade suficiente para abastecer a região metropolitana sem ter que usar esse reservatório que ficou, de fato, como uma capacidade adicional que garante que a gente não vai passar aperto, não vai ter necessidade de racionamento de água”.
Transposição
Em operação desde fevereiro de 2016, a captação no Rio Paraopeba resultou na transposição de 79,5 bilhões de litros de água no reservatório do Rio Manso. O volume é superior ao total de água acumulada no Sistema Paraopeba— que compreende os reservatórios do Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores — até 21 de dezembro de 2015.
Nessa data, o Sistema Paraopeba operava com 22,5% de sua capacidade. Hoje, passados um ano e um mês do início da captação, o nível de ocupação do Sistema Paraopeba é de 62,8% e o volume armazenado é de 173 bilhões de litros de água.
Com Agência Minas