PM nega exageros em ação contra professores; ‘uso moderado da força’

Reprodução/Facebook

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), reuniu-se, na tarde desta segunda-feira (23) com a alta cúpula da Polícia Militar para apurar a ação dos policiais durante o protesto dos professores da educação infantil na manhã desta segunda (23), em frente à Prefeitura de Belo Horizonte. Segundo o Governo do Estado, uma sindicância será aberta para apurar os fatos.

Toda a confusão aconteceu no início da tarde, na avenida Afonso Pena, no Centro da capital, onde homens do batalhão do Choque da Polícia Militar dispersaram um grupo de servidores da educação infantil que protestavam contra o prefeito Alexandre Kalil (PHS) e medidas da prefeitura de BH. Os manifestantes foram atingidos por bombas de efeito moral e jatos de água.

Polícia Militar

No início da noite desta segunda-feira, o coronel Giovanne Silva, do Policiamento Especializado da Capital (CPE), explicou que os militares seguiram todos os protocolos necessários em ações deste tipo. Além disso, de acordo com o coronel, a dispersão dos professores foi necessária por conta do bloqueio da avenida, inclusive a faixa de SOS, utilizada para veículos de urgência.

“Já existe um protocolo estipulado pela PM, conhecido pela população e manifestantes, de que não é permitido o fechamento completo de vias. Hoje, cerca de 300 pessoas fizeram o fechamento da Afonso Pena. Por cerca de 1h30m houve negociações para a liberação. O compromisso firmado foi de que, ao meio dia, a pista seria liberada”, disse o coronel.

Com a quebra do acordo, foi necessário a ação dos militares. “Por volta das 12h, os manifestantes foram avisados que, em caso de desobediência, seria usado o uso progressivo da força. Sem o retorno, a força foi utilizada, seguindo o protocolo”, complementou Silva.

Segundo ele, foram utilizadas munições de efeito moral, granadas de fumaça, e, por fim, jatos de água para dispersar manifestantes, que sentaram-se no chão da avenida para reagir à ação militar. Ao todo, quatro pessoas foram presas e encaminhadas à Polícia Civil.

Em relação à suposta intervenção do prefeito Kalil no ato de dispersão, o coronel disse que não conversou com nenhuma figura política. “A ação da PM foi técnica e protocolar. Não houve mandatários políticos. Não tivemos contato com o prefeito ou com o governador. A decisão da ação é do comando da Polícia Militar”, afirmou.

Em relação à sindicância pedida pelo governador para averiguar a ação militar, o comandante disse que a PM está aberta a apurações. “Não houve excesso. Foi apenas o uso necessário e moderado da força”.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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