PM se planeja para evitar violência no clássico Atlético e Cruzeiro, neste sábado

clássico atlético e cruzeiro
Corporação informa que forças policiais vão monitorar a região durante o clássico (Reprodução/PMMG + Amanda Dias/BHAZ)

A PM vai atuar para impedir que a partida entre Atlético e Cruzeiro acabe em violência no final do Campeonato Mineiro, neste sábado (2). O clássico ocorre no estádio do Mineirão, às 16h30 de amanhã, e decide quem leva a taça de campeão estadual em 2022.

Em coletiva na manhã desta sexta-feira (1º), o tenente-coronel da PM Flávio Santiago afirmou que todas as forças policiais de Belo Horizonte estão empenhadas neste grande jogo, que reúne os maiores rivais da capital mineira. A preocupação é que as torcidas organizadas se tornem agressivas antes, durante e após a partida, como já ocorreu antes.

A diretoria de inteligência da PM terá papel fundamental, encarregando-se de planejar um mapeamento para evitar o encontro entre torcedores do Galo e da Raposa. Para tal, equipes traçarão mapas de circulação pela região metropolitana, desde o Vilarinho até Betim.

Prevenção

A PM destaca que o trajeto de cada torcida até chegar ao Mineirão será monitorado e previamente planejado. Enquanto atleticanos chegam pela avenida Antônio Carlos, tomando a Abrahão Caram, cruzeirenses transitam pela avenida Carlos Luz. Uma delimitação de contrafluxos permitirá que os torcedores não se deparem uns com os outros.

“Para nós, o mais a importante é a prevenção, é o antes”, explica Santiago. O tenente-coronel da PM ressalta que as forças de segurança tomarão certos cuidados também acerca da movimentação no MOVE, sistema de transporte utilizado por boa parte dos belo-horizontinos que acompanham partidas de futebol no Gigante da Pampulha.

Pelotões de choque e da cavalaria estarão a postos nas imediações do estádio. Isso porque, além dos receios sobre o encontro entre torcedores no pré-jogo, a corporação pontua que empenhará esforços também para que o clube perdedor se disperse rapidamente.

Ainda de acordo com a Polícia Militar, as redes sociais e a “deep web” (camada mais profunda da internet) motivam grande parte das brigas entre as torcidas esportivas. Os recursos tecnológicos permitiriam às pessoas uma movimentação mais ágil e simplificada, “culminando em maior esforço policial”.

Perigo marca confrontos

O cenário violento dá o tom na maioria das disputas entre Atlético e Cruzeiro. No início de março, um jovem de 25 anos foi baleado, sofreu uma parada cardíaca e faleceu depois que participou de uma briga entre torcidas organizadas.

À época, o torcedor Rodrigo Andrade chegou a ser reanimado por uma equipe da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leste e encaminhado em estado grave ao Hospital João XXIII. No fim da tarde, no entanto, a PM confirmou o óbito.

Apaixonado pelo Cruzeiro, Rodrigo fazia parte da torcida organizada Máfia Azul, a maior do time celeste. Em suas postagens, o jovem compartilhava o amor pelo clube e pela torcida. Pelas redes sociais, a organizada lamentou o a morte do jovem.

Natural de Sabará, na Grande BH, o jovem deixou um filho de 5 anos. Horas antes de morrer, ele postou uma mensagem no Twitter pedindo proteção de Deus. Dois homens foram presos pela Polícia Militar suspeitos do crime.

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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