Polícia prende fisiculturista que fingia até sotaque para se passar por médico e vender anabolizantes em BH

golpes em bh
Homem de 46 anos se passava por médico e vendia anabolizantes em BH (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu um fisiculturista de 46 anos em flagrante por fingir ser médico e comandar um esquema de tráfico de anabolizantes em Belo Horizonte. A prisão ocorreu no bairro Araguaia, na região do Barreiro, nessa quarta-feira (11). Para se passar por médico, o homem inventou até mesmo um sotaque espanhol para corroborar com o personagem criado.

A prisão ocorreu após cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do suspeito. No local estavam diversas caixas de medicamentos proibidos no Brasil, fichas de clientes e mais de R$19 mil. Segundo as autoridades, o suspeito cometia as fraudes ao se apresentar como médico endocrinologista e educador físico para prescrever as drogas.

O delegado responsável pelo inquérito policial, Rafael Faria, explicou que o valor cobrado pelo suposto serviço variava conforme o local em que o suspeito sugeria encontrar as vítimas. “Ele sequer possui formação em nível superior. O investigado se apresentava como médico, natural da Espanha, e cobrava entre R$ 200 a R$ 800 pelas supostas consultas”, explica. “Ambos os endereços, inclusive, estão irregulares, tanto o suposto consultório quanto a academia, que não possuíam registro ou regulamentação”, completa.

Outras acusações

Ainda de acordo com Faria, a corporação confirmou que o suspeito pode chegar a responder também por outros crimes, como exercício ilegal da medicina e estelionato. “Após o cumprimento da ordem judicial, ele foi flagrado com medicamentos lacrados, frascos vazios, anotações e, o que mais impressionou, quase R$ 20 mil em dinheiro”, pontua. Valério está a disposição da justiça e a investigação, que iniciou-se em janeiro, agora procura possíveis comparsas do fisiculturista.

De acordo com o Conselho Regional de Educação Física, não existe qualquer vínculo do suspeito com a instituição. “Por essa razão, é muito importante alertar a população para que exija de tais profissionais a comprovação do exercício legal da medicina, uma vez que pode se tratar de drogas, legais ou não, altamente prejudiciais à saúde, a depender do caso”, reforça o chefe do 1º DEPPC, delegado Arlen Bahia.

Edição: Roberth Costa
Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!