O preço da cesta básica em Belo Horizonte subiu 1,30 % entre outubro e novembro de 2024, passando a custar R$ 686,90, conforme pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse valor representa 52,59% do salário mínimo líquido do trabalhador (R$ 1.412,00).
De janeiro até novembro deste ano, a alta registrada foi de 4,66%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o aumento chegou a 7,38%. Os produtos que mais impactaram o orçamento dos consumidores foram o óleo de soja e o café.
Produtos que pesaram no bolso
O óleo de soja teve um aumento significativo, acumulando alta de 41,95% em 12 meses na capital mineira. Segundo o Dieese, a redução na oferta interna e o aumento das exportações pressionaram os preços. Já o quilo do café subiu 68,88% no mesmo período, sendo o maior aumento entre as capitais pesquisadas, reflexo da menor oferta global e da alta do dólar.
Por outro lado, alguns itens registraram queda. O preço da batata, por exemplo, caiu 3,30% em Belo Horizonte no último mês, em contraste com altas registradas em outras capitais. A banana e o feijão carioquinha também apresentaram diminuições de preços em novembro: -0,97% e -0,86%, respectivamente.
Variação da média dos preços entre outubro e novembro de 2024
Itens com aumento:
- Óleo de soja: +14,25%
- Carne bovina de primeira: +3,67%
- Café em pó: +3,49%
- Tomate: +1,06%
- Açúcar cristal: +0,81%
- Manteiga: +0,34%
- Pão francês: +0,24%
Itens com redução:
- Batata: -3,30%
- Farinha de trigo: -1,54%
- Banana: -0,97%
- Feijão carioquinha: -0,86%
- Leite integral: -0,49%
- Arroz agulhinha: -0,31%
Variação da média dos preços no último ano (2023/2024)
Itens com aumento:
- Café em pó: +68,88%
- Óleo de soja: +41,95%
- Batata: +30,37%
- Arroz agulhinha: +19,14%
- Leite integral: +15,81%
- Banana: +9,41%
- Carne bovina de primeira: +9,25%
- Feijão carioquinha: +6,13%
- Pão francês: +3,53%
- Manteiga: +3,46%
Itens com redução:
- Tomate: -25,49%
- Farinha de trigo: -1,95%
- Açúcar cristal: -0,27%
Comparativo com outras cidades
Belo Horizonte apresentou um custo médio da cesta básica menor do que São Paulo (R$ 828,39) e Rio de Janeiro (R$ 777,66), mas ainda acima de cidades do Nordeste, como Aracaju (R$ 533,26) e Salvador (R$ 574,78).
De acordo com a pesquisa, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas de uma família deveria ser de R$ 6.959,31, ou seja, quase cinco vezes o valor atual do mínimo, fixado em R$ 1.412,00.
Cesta básica atinge o maior valo do ano
Uma outra pesquisa, da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), revelou que o custo da cesta básica em Belo Horizonte registrou uma variação positiva de 3,67%, alcançando R$ 753,90. Segundo o Ipead, este é o maior valor nominal do ano.
Em comparação com janeiro deste ano, a cesta está R$ 18,47 mais cara. Já em relação a novembro de 2023, a cesta está R$ 73,42 mais cara, e a proporção do salário mínimo aumentou, o que indica uma perda no poder de compra da população.
Principais variações segundo o Ipead:
- Batata inglesa: +15,59%
- Óleo de soja: +12,04%
- Chão de dentro: +11,59%
- Pão francês: +1,80%
- Banana caturra: -15,92%
- Café moído: -0,98%
- Arroz: -0,92%
Cesta básica nas férias: PBH oferta kits para alunos da rede pública
A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou nessa terça-feira (3), que as famílias de estudantes da rede municipal de ensino em situação de pobreza e pobreza extrema poderão retirar cestas básicas a partir da próxima semana, na quarta-feira (11). A medida é parte do programa Cesta nas Férias, que visa reduzir os riscos de insegurança alimentar no período de recesso escolar.
Clique aqui para saber se você tem direito ao benefício.