Preço das porções em bares de BH variam até 230% com aumento da energia e gás de cozinha

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Última pesquisa foi realizada em julho deste ano (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Que tal uma porção com uma cervejinha com os amigos? O convite é sempre tentador, mas está cada vez mais caro sair em BH, conhecida por ser a capital dos bares. A razão é o preço das porções e bebidas. Pesquisa divulgada pelo Mercado Mineiro aponta variações significativas de um comércio para outro.

As explicações para os valores mais elevados, principalmente da comida, estão no atual momento vivido no país. “A Ambev aumentou o preço das cervejas, mas os comerciantes estão segurando os valores. Os tira-gostos tiveram aumento pois têm energia elétrica, gás de cozinha e isso influencia no preço final”, diz Feliciano Abreu ao BHAZ.

A pesquisa do Mercado Mineiro mostra que a porção de batata frita varia de R$ 15 até R$ 34,90, diferença de 132%; já a picanha pode custar de R$ 51,50 até R$ 170, variação de 230%. Já o lombo suíno na chapa é encontrado de R$ 25,90 até R$ 84,90, o que dá 227%.

As bebidas também apresentam preços diferenciados de um bar para outro. Veja os valores:

  • Caipivodka – de R$ 9,70 até R$23,80 – 145%
  • Caipirinha – R$ 8 até R$ 20 – 150%
  • Bohemia de 600ml – R$ 8,50 até R$ 12,50 – 47%
  • Brahma 600ml – R$ 8,50 até R$12 – 41%
  • Original de 600ml – R$ 9,50 até R$ 14,90 – 56%
  • Skol de 600ml – R$ 8 até R$ 12 – 50%
  • Serramalte de 600ml – R$ 10 até R$ 14,50 – 45%
  • Heineken de 600ml – R$ 12 até R$ 16,90 – 40%
  • Long Neck de 343ml da Budweiser – R$ 7 até R$ 9,80 – 40%

Aumento

A última pesquisa com bares foi realizada em julho. De lá para cá, foi observado aumento em quase todos os itens. Confira:

  • Picanha bovina subiu 3,17% – de R$ 79,80 passou para R$ 82,33
  • Batata frita subiu 2,13% – de R$ 22,18 para R$ 22,65
  • Refrigerante em lata de 350ml subiu 2,41% – de R$ 5,29 para R$ 5,42

As cervejas estão com os preços estabilizados e não refletem os aumentos praticados pela Ambev.

Explicação

A diferença nos preços se dá, segundo Feliciano, pela localização do bar. “O lugar onde o estabelecimento funciona interfere bastante. O custo aluguel de uma loja na Zona Sul é totalmente diferente de outras regiões. A saída é pesquisar”, explica.

Para conter os gastos, as pessoas têm optado pelos encontros com amigos nas próprias casas. “As pessoas estão com dificuldade de comprar itens básicos. Quando isso acontece elas passam a deixar o lazer de lado. Uma pena, pois os bares geram muitos empregos”.

A pesquisa foi realizada com 50 bares de BH e região metropolitana entre os dias 6 a 8 de outubro. Cliquei aqui para ver o levantamento completo.

Edição: Vitor Fernandes
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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