Professora se fantasia para manter interesse de alunos durante pandemia

Professora Luciana Jackson
Professora une aprendizado com diversão em suas aulas (Arquivo Pessoal/Luciana Jackson)

Aulas on-line para adolescentes podem ser bem desestimulantes. Para prender a atenção dos alunos, a professora Luciana Jackson resolveu, então, se fantasiar. Ela passou a se vestir como o Chuck, como o palhaço It e até como uma caveira mexicana. Luciana conta ao BHAZ que a ideia de conquistar os alunos não é uma coisa nova em sua vida como professora. “Eu sempre fui assim, cada hora eu faço uma coisinha. Fizemos recreio cultural, receita, já dancei funk. E outro dia eu vim de peruca”, relembra.

A educadora dá aula para adolescentes do sexto ao nono ano, no Colégio Alumnus, no bairro Fernão Dias. Inicialmente, ela pensou em se fantasiar para animar o dia de aula de algumas turmas. Mas a ideia fez tanto sucesso, que teve que ser repetida nos outros dias e ela garante: “é tudo improvisado!”.

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Halloween hoje bebê…..

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Luciana explica que, mesmo nos dias ruins, ela deixa os problemas “do lado de fora” e escolhe levar alegria para as aulas. Toda a criatividade da professora é voltada para maximizar o ensino do aluno. “Se ele [estudante] não estiver ali, a aprendizagem não acontece, né?”, acrescenta.

A docente revela ainda que sempre se emociona com o reconhecimento. “Vários alunos meus que já estão na faculdade me deram parabéns pelo Dia do Mestre. Eu pensei: ‘caramba! Esse aluno ainda lembra de mim'”, relata.

Dificuldades da pandemia

A professora detalha ainda os desafios impostos pela pandemia. Com o ensino remoto, Luciana percebe que é ainda mais difícil manter os adolescentes concentrados. Para ela, durante esse período é importante que a família auxilie a escola no incentivo aos alunos.

No que depende da docente, não há inércia. “A gente realmente virou quase youtuber. Sempre faço algo diferente, peço para eles fazerem vídeos e reportagens. Para a gente é normal, só que o aluno precisa ter o interesse de se sentar e olhar para a câmera”.

Os alunos, por sua vez, retribuem toda a empolgação e dedicação da professora. “Outro dia eu estava emocionada e até comentei com os alunos que estava sentido falta deles. Todos ligaram a câmera na hora. Foi aí que eu chorei mesmo”, relembra.

Edição: Aline Diniz
Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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