Sindicato repudia paralisação de professores da rede particular nesta quinta

Professores decidiram pela grave em assembleia na noite de terça-feira

Os professores da rede particular de ensino decidiram, na noite desta terça-feira (24), iniciar uma greve a partir desta quarta-feira (25), depois de recusarem proposta patronal, em assembleia da categoria realizada no hall da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG).

Os professores, que representam mais de 4 mil escolas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, alegam que os donos das escolas estão deixando de cumprir a atual Convenção Coletiva de Trabalho (CLT), com retirada de diretos.

Nesta quarta, houve uma aula aberta na Praça da Savassi, durante a manhã. Ao longo do dia, os diretores do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (SinproMinas) se reuniram e decidiram que nesta quinta-feira (26), haverá um ato em frente ao Tribunal Regional do Trabalho, por volta das 10h. Já às 16h, uma reunião será realizada no hall ALMG.

O SinproMinas luta contra a perda do adicional por tempo de serviço, perda das bolsas de estudos para professores e dependentes, perda do intervalo (recreio), retirada da cláusula de atestado médico (ou seja, professor não pode adoecer), retirada da estabilidade do professor aposentando, perda significativa do adicional extraclasse (uma vez que propõem que o professor trabalhe 10% a mais sem remuneração devida), reajuste de 1%, abaixo da inflação, apesar do reajuste de 12%, em média das mensalidades escolares.

Sindicato repudia greve

“Não existe motivo para greve quando ainda há negociação”, assim começa a nota do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG). De acordo com o órgão, não se pode falar de greve dos professores de forma geral, já que as últimas paralisações realizadas pelo SinproMinas não tiveram adesão de cerca de 2% das escolas.

“O Sinep/MG não reconhece e repudia o anúncio de greve por parte do SimproMinas, uma vez que as negociações continuam. Ontem, dia 24/04, foi realizada a quinta reunião de negociação. A Lei de Greve, que assegura o direito à paralisação de qualquer categoria profissional, é clara quando diz que a greve só é legítima quando ‘frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral’, o que não é o caso. As negociações estão acontecendo e não há motivos para paralisações”, diz o texto do Sinep.

Ainda de acordo com o sindicato, a data-base da categoria termina no dia 30 de abril, as negociações estão ocorrendo e 99,4% das escolas em Belo Horizonte e Contagem funcionaram normalmente nesta terça, quando o Sinpro marcou mais um dia de paralisação.

“Em mais de seus 70 anos de existência, o SINEP/MG sempre negociou com o SINPRO/MG privilegiando o diálogo como solução, jamais se valendo de ameaças como forma de persuasão ou tentativa de convencimento”, finaliza.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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