Terminou nesta quarta-feira (5) a greve de professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) após quase dois meses. A decisão ocorre após o resultado da assembleia favorecer o fim da paralisação. Foram 201 votos a favor, contra 179 que votaram pela manutenção da greve.
A assembleia também decidiu pelo retorno das aulas na próxima segunda-feira (10). Os professores interromperam as atividades em 15 de abril em união com outras instituições federais de ensino do Brasil.
Nas redes sociais, os professores que eram contra o fim da greve se manifestaram. Docentes alegaram que o resultado desta quarta-feira (5) é um erro, principalmente por ocorrer antes de uma reunião com o governo federal.
A reportagem tenta contato com a UFMG para um posicionamento.
Greve durou quase dois meses
Profissionais que trabalham na educação pediam recomposição salarial, valorização e reestruturação das carreiras dos servidores da educação pública federal. Isso de acordo com a APUBHUFMG+ (Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco).
O protesto também teve o objetivo de melhorar as condições de trabalho, recomposição dos quadros de professores por concurso público, recomposição orçamentárias das IFEs (Institutos Federais) e por uma melhora na equiparação de benefícios entre as carreiras do sistema federal e entre os servidores da ativa e aposentados.
Na recomposição salarial, os servidores da educação pedem 22,71% dividido em três parcelas a serem pagas em 2024, 2025 e 2026.
O governo, por sua vez, alegou dificuldades orçamentárias e manteve para 2024 o reajuste zero, conforme informou o sindicato dos professores.
Além disso, representantes recusaram propostas de reajustes nos benefícios assistenciais para os servidores da ativa, sendo 51,9% no auxílio alimentação (de R$ 658 para R$ 1 mil); auxílio saúde a ser ajustado de acordo com a faixa etária; e reajuste no auxílio–creche (de R$ 321 para R$ 484,90).