Longeviver: Projeto da UFMG faz novo diagnóstico do envelhecimento LGBT+ em BH

Idosa
Pesquisa explora percepção de pessoas idosas LGBT+ sobre serviços públicos (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) busca traçar um diagnóstico do envelhecimento da população LGBT+ em Belo Horizonte. Com incentivo da PBH (Prefeitura Municipal de Belo Horizonte), o Diverso UFMG promove a segunda edição do projeto Longeviver LGBT+.

A iniciativa busca reunir elementos para subsidiar o poder público com informações a respeito de questões específicas sobre o processo de envelhecimento da população LGBT+ na capital mineira. A pesquisa também explora a percepção de pessoas idosas LGBT+ sobre o acesso e a qualidade dos serviços públicos.

O coordenador-geral da pesquisa, professor Pedro Nicoli, aponta que as pessoas LGBT+ idosas “sofrem preconceito por serem idosas, mesmo entre as pessoas LGBT+, e por serem LGBT+ diante de pessoas que não são, além das estruturas e instituições. Por isso, acabam particularmente sujeitas ao isolamento social, ao sofrimento físico e mental que decorre do fato de serem quem são, com a idade que têm”.

A primeira fase da pesquisa promovida pelo projeto é composta por um questionário online, que pode ser respondido aqui por pessoas idosas LGBT+ que moram em BH. Na sequência, os interessados são convidados a participar de uma entrevista de aprofundamento.

Cruzamento de experiências

“O que significa ser uma pessoa idosa LGBT+ em Belo Horizonte? Que desafios, questões, angústias, sensações, necessidades têm mulheres lésbicas, homens gays, travestis, pessoas trans e outras identidades de gênero e sexualidade dissidentes com mais de 60 anos na capital mineira? Que forma de discriminação experimentam, por serem idosas e por serem LGBT+?”, questiona o projeto.

A parceria foi construída ao longo dos últimos anos por meio de um diálogo entre o Programa de Extensão Diverso UFMG, da Faculdade de Direito, e a Diretoria de Políticas para a População LGBT da PBH.

Os organizadores explicam que “o projeto se justifica pelo cruzamento de experiências da velhice e da vivência de identidades de gênero e sexualidades dissidentes”.

O ponto de partida são as já conhecidas formas de violência contra a população idosa: o abandono financeiro ou a exploração econômica, a violência física, a violência psicológica, a violência conjugal, a violência sexual, o abandono e negligência, a autonegligência e o isolamento social, entre outras.

A ideia da pesquisa é promover uma aproximação entre o estado e a sociedade, possibilitando uma melhor qualificação dos serviços públicos em todas as suas fases (formulação, implementação, monitoramento e avaliação).

Mais informações estão disponíveis no site do Diverso UFMG.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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