Quadrilha que aplicava golpe da carta de crédito é presa na Grande BH

Imóveis da quadrilha
A quadrilha levava uma vida luxuosa, de acordo com a Polícia Civil (Divulgação/PCMG)

Uma quadrilha que simulava vendas de cartas de crédito foi presa, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. O grupo criminoso levava uma vida de luxo e tinha escritórios montados na capital mineira, onde os clientes pagavam certa quantia como sinal das cartas e aguardavam, sem sucesso, a transferência. Quatro pessoas foram detidas, entre elas, a polícia acredita que, está o líder do grupo.

“Eles replicavam anúncios de veículos em redes sociais e no site da empresa deles e mantinham o mesmo valor – o valor de mercado – mas apresentavam condições vantajosas para o pagamento. As vítimas então interessadas entravam em contato com essa empresa e se davam conta de que, na verdade, elas não iriam fazer uma compra direta, mas sim indireta”, detalha a delegada responsável pela investigação, Ana Paula Gontijo.

A delegada também explica como era feito o pagamento. “Elas [as vítimas] iriam, na verdade, comprar uma carta de crédito contemplada e, para isso, precisavam dar um sinal. Esse sinal girava em torno de R$ 3 mil, R$ 7 mil, R$ 9 mil, dependendo do caso, e depois era estipulado o prazo para que a carta de crédito fosse entregue às vítimas, mas isso nunca acontecia”.

Estrutura luxuosa

De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha tinha uma estrutura luxuosa e já teria movimentado cerca de R$ 3 milhões. “Eles tinham empresas, lojas bem estruturadas, luxuosas, com vendedores bem apresentados, educados, bem vestidos e toda essa estrutura transparecia uma segurança da empresa para as vítimas. Então elas se sentiam seguras para fechar o negócio: assinavam o contrato e davam o pagamento”, pontua a delegada

Um outro

As investigações prosseguem para localizar e prender ainda um quinto investigado, que está foragido. Os suspeitos responderão por estelionato e associação criminosa.

Investigações

A polícia identificou a organização criminosa a partir da prisão em flagrante de duas pessoas pelo crime de extorsão mediante sequestro, ocorrido em Santa Luzia. Na ocasião, um ex-vendedor, que trabalhava em uma das lojas da quadrilha, foi vítima do grupo.

“Ele não se sentiu bem em continuar no trabalho de vendedor, pediu para se retirar da empresa e, para se retirar, foi exigida a quantia de R$ 20 mil. Ele pagou R$ 10 mil e deixou um veículo como garantia do pagamento restante”.

Depois do prazo estipulado, o grupo criminoso organizou uma emboscada, já que o carro estava em nome da mulher da vítima. Os suspeitos obrigaram a esposa da vítima a acompanhá-los para realizar a transferência do veículo. A transação acabou não efetivada, pois, após denúncia de um familiar da vítima, os suspeitos foram presos em flagrante. A partir desse fato, a polícia começou a investigar a quadrilha.

Com PCMG

Marcela Gonzaga[email protected]

Editora do BHAZ desde fevereiro de 2020. Jornalista graduada pela Newton Paiva. Trabalhou como produtora de TV e chefe de produção durante 14 anos, com passagens pela RecordTV, Rede Minas, RedeTV!, TV TRT-MG e TV TJMG.

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