Depois de ir a 71 bares do Comida di Buteco, morador de BH ‘profissionaliza’ visita e faz ‘revistinha’ dos bares

25/04/2025 às 11h55
André Correia criou caderninho personalizado do Comida di Buteco (Imagens cedidas)

Terra natal do Comida di Buteco e uma das cidades com o maior número de bares do Brasil, BH também é lar de um botequeiro profissional. Depois de ir a 71 dos 121 bares participantes do concurso em 2024, o morador da capital mineira profissionalizou o circuito que faz com os amigos e presenteou cada um deles com um caderno com o perfil do estabelecimento de todos os pratos participantes, campo para votação e até dicas sobre como aproveitar a experiência, em uma espécie de ‘revistinha’ dos botequeiros.

A mente pensante por traz do caderno é o jornalista André Correia, de 31 anos. “O Comida di Buteco sempre entrega nos bares um bloquinho pequeno. Uma versão boa de bolso com o nome dos bares, o nome do prato, a descrição e o endereço, mas o nosso grupo de amigos queria se lembrar das notas e comparar a foto do prato”, comenta sobre a origem da ideia.

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E ele foi além dos critérios estabelecidos pelos organizadores. O caderninho personalizado traz outras categorias, como contagem de tempo para entrega do prato e para disponibilização de mesa.

Correia começou a frequentar os bares participantes do concurso em 2012, quando trocou a cidade de Curvelo, na região Central, por Belo Horizonte. Mas foi só em 2023 que ele começou a fazer circuitos com os amigos. No primeiro ano, visitou 14. Em 2024, conheceu, provou os pratos, registrou foto e votou em 58% dos bares. Para isso, já chegou a ir a 10 bares no mesmo dia.

“Não calculei [o valor] exato que gastei no ano passado, mas acaba que o gasto em cada bar não é tão alto, porque dividimos um prato a cada duas ou três pessoas, às vezes até quatro pessoas. É só o suficiente para experimentar o sabor de cada um e seguir para o próximo [bar]”, comenta. “A estratégia é aproveitar o desconto de um dos patrocinadores, que reduz o valor do petisco, o que já facilita para economizar e visitar mais bares”, dá a dica.

Por onde passa e conta sobre as aventuras no Comida di Buteco, André Correia chama atenção. “O pessoal fica sem acreditar que a gente está rodando tanto a cidade assim”, conta o jornalista. A relação com os estabelecimentos é tão grande que, no ano passado, ele pediu um brinde em um dos bares.

“No último dia [do concurso], eu retornei para um bar que eu já tinha ido. Eu tinha gostado do prato e levei dois amigos, e perguntamos se ele poderia nos dar um pouco das bandeirinhas e da decoração para eu guardar. O rapaz foi super gente boa e deu uma sacola com várias bandeirinhas que não tinham nem sido utilizadas. Eu acabei guardando elas até dezembro e usei como decoração do meu aniversário, que teve como tema comidas mineiras e comidas de boteco”, conta.

Depois de levantar o nível dos critérios próprios para avaliação dos bares, Correia não pretende superar o recorde de visitas do ano passado, por enquanto. “Eu brinco que a meta para este ano está entre 30 e 50 bares, mas todo mundo já me falou que eu tenho que superar 2024. Vamos ver como vai ser ao longo do mês”, comenta sobre o concurso que vai até o dia 11 de maio.

Pablo Nascimento

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