Pouco mais de um mês após a morte do ciclista Fabrício Bruno, atropelado por um ônibus no Centro de BH, a Polícia Civil de Minas Gerais realiza a reconstituição do caso para entender a dinâmica do acidente. Ao BHAZ, uma sobrinha do também artista plástico contou, nesta quarta (15), que a família está “inconsolável” com a morte dele.
“Minha família está extremamente inconsolável. É difícil, muito difícil, porque ele era uma pessoa muito querida para a família, uma pessoa que ajudava muito a gente, até mesmo conversando. Ele me ensinava para casa, então é muito difícil ver que ele não está mais aqui”, disse Karla Thayna com a voz embargada.
Ainda bastante emocionada, Thayna contou quais são as expectativas da família com a investigação da polícia. “O que a gente quer, mesmo, é que outras pessoas não sofram o que a gente tá sofrendo, porque está sendo doloroso demais. Pra mim, pra qualquer pessoa que conhecia ele. Tá sendo bem difícil pra todo mundo”, desabafou.
A sobrinha de Fabrício ainda disse que Belo Horizonte não é um local seguro para ciclistas. “BH não é seguro para ciclistas, de forma alguma. Várias pessoas falam que não precisa de ciclovia porque o Centro não é lugar para ciclista estar, mas é, sim. Lugar de ciclista é onde eles quiserem estar. Se a pessoa faz da bicicleta o meio de transporte dela, o Centro tem que ser seguro para ela, assim como é para outros tipos de transporte”, disse.
A morte de Fabrício gerou bastante comoção. Durante a reconstituição do caso, muitas pessoas lamentaram a morte do artista e prestaram homenagens a ele. No chão da rua onde ocorreu o acidente, escreveram frases e o nome de Fabrício. Além disso, uma bicicleta com flores e imagens do artistas foram colocadas em um poste.
Relembre o caso
Fabrício Bruno de 38 anos morreu na tarde desse sábado (13) após ser atropelado por um ônibus no Centro de BH. Ele estava internado no Hospital João XXIII. O acidente ocorreu na última sexta-feira (12) na esquina da rua Carijós com rua Guarani.
De acordo com registro policial, o motorista do ônibus, de 48 anos, informou que seguia pela rua Guarani, atravessando a Carijós quando o ciclista surgiu de repente. Ele alega que Fabrício estava em alta velocidade e saiu de trás de um caminhão de lixo que estava estacionado. Em seguida, o ciclista teria batido no coletivo e caído embaixo do veículo.