Suspeito de liderar grupo que torturou e tentou matar casal de policiais na Grande BH é preso

Polícia Civil
Homem foi encontrado pela Polícia Civil em Juiz de Fora (Polícia Civil/Divulgação)

Um homem apontado como o líder de um grupo criminoso que tentou matar um casal de policiais militares em Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi preso na última quinta-feira (18). O crime foi cometido em janeiro de 2020, e outros suspeitos já haviam sido identificados.

O suspeito de liderar o grupo foi encontrado em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, pela equipe da 1ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil.

O homem de 22 anos era o último suspeito que ainda não havia sido encontrado pela corporação. Outros três envolvidos foram presos no mesmo dia do crime, e outro suspeito foi morto durante conflito armado com os militares.

As investigações da Polícia Civil confirmaram a participação direta dos quatro homens. O quinto suspeito, que foi preso na última semana, seria o responsável por liderar o grupo e emprestar a arma do crime, um revólver calibre 38.

O crime

Na ocasião, no dia 5 de janeiro do ano passado, um grupo de criminosos invadiu a casa do casal de policiais, em um conodmínio em Igarapé. Os suspeitos torturaram o casal e, após identificarem as vítimas como militares, tentaram executá-las com tiros na cabeça.

Os dois policiais, um coronel reformado de 50 anos e uma cabo, de 34, sobreviveram ao ataque, mas ficaram com sequelas graves. O homem perdeu a visão em um dos olhos e a mulher apresentou grande perda de massa encefálica.

De acordo com informações repassadas pela Polícia Militar à época, o coronel foi encontrado com perfurações na cabeça, na sala da casa. Os suspeitos ainda atiraram contra a cabeça, costas e tórax da mulher, que foi localizada no banheiro da casa com uma fratura na perna esquerda.

Além das agressões, os suspeitos também levaram um dos carros do casal, mas incendiaram o veículo nas proximidades do condomínio.

Os suspeitos

O delegado Thiago Machado, chefe de Divisão no Deoesp, explicou que a organização criminosa responsável pelo ataque controlava o tráfico de drogas no bairro Novo Riacho, em Contagem.

Segundo investigações, o grupo cometeu uma série de crimes patrimoniais na Grande BH como forma de angariar recursos para financiar as atividades ilícitas.

“Esse último indivíduo preso, por exemplo, acumula uma vasta ficha policial em crimes patrimoniais, e é investigado por homicídios também. Trata-se de um suspeito de alta periculosidade”, apontou.

Ainda segundo o delegado, mesmo que as vítimas tenham sobrevivido, o suspeito pode ser indiciado por latrocínio. Isso vai depender da apreciação da Justiça e do Ministério Público. Os outros três indiciados já foram condenados e cumprem penas que variam de 30 a 50 anos.

O foragido foi preso no bairro Benfica, em Juiz de Fora, com apoio de policiais civis da delegacia regional da cidade. A Polícia Civil apurou que ele se escondia de rivais na casa de uma tia, enquanto trabalhava em um lava-jato, onde foi detido sem oferecer resistência.

O investigado teve o mandado de prisão temporária cumprido e negou participação no crime. De acordo com a corporação, o inquérito deve ser concluído nos próximos dias, com pedido de indiciamento.

Edição: Vitor Fernandes
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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