Os três servidores do Governo de Minas suspeitos de participar de um estupro coletivo durante um congresso, no último dia 4, no município de Bom Despacho, no Centro-Oeste do Estado, continuam com a corriqueira rotina de trabalho na Cidade Administrativa. A Polícia Civil confirmou na segunda-feira (13) que foi realizado um pedido de prisão contra o trio, que tem entre 24 e 25 anos.
Por nota, a Controladoria-Geral do Estado (CGE) defendeu o direito dos suspeitos continuarem a exercer suas atividades cotidianas de trabalho, enquanto as investigações estão sendo apuradas. No entanto, a controladoria não descarta a possibilidade de exoneração dos servidores, caso o envolvimento seja confirmado.
“Caso sejam confirmados o fato e a autoria, será instaurado processo administrativo disciplinar e os servidores poderão ser penalizados até com demissão a bem do serviço público, independente de eventuais responsabilidades criminais”, diz trecho da nota.
Na última sexta-feira (10), a CGE instalou sindicância administrativa justamente para apurar o possível envolvimento dos três servidores públicos.
Ao mesmo tempo, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher também investiga criminalmente o caso. Os investigadores aguardam que o pedido de prisão seja analisado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o que, segundo a assessoria de imprensa do órgão, ainda não foi realizado.
Conforme a Bhaz apurou, os suspeitos integram os quadros da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana (Sedru); da Secretaria de Estado de Governo (Segov); e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedese).
Os três possuem o cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e recebem o salário bruto entre R$ 5,1 mil e R$ 6,4 mil, conforme dados do Portal da Transparência relativos a abril.